google.com, pub-7873333098207459, DIRECT, f08c47fec0942fa0 google.com, pub-7873333098207459, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Escatologia Reformada : Um Será Levado

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Um Será Levado



Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. (Mateus 24:40-41) 

Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado. (Lucas 17:34-36) 

Essas palavras se aplicam ao arrebatamento secreto dos santos ou a algum outro evento?

Nosso Senhor Jesus Cristo usou essas palavras para advertir sobre a destruição vindoura de Jerusalém pelo exército romano no ano 70 d.C. Os levados são aqueles que foram destruídos por esse súbito evento, e os deixados são aqueles que ouviram às Suas advertências e escaparam. A advertência desse julgamento severo da parte de Deus e o possível escape para os crentes são temas comuns no Novo Testamento. 

1. Nossos textos são Mateus 24:40-41 e Lucas 17:34-36. 

2. Leia Mateus 24:1-50 e Lucas 17:20-37. 

3. Não existe nenhum arrebatamento secreto ensinado na Bíblia. O retorno do nosso Senhor envolve uma única ressurreição, tanto de justos como injustos (João 5:28-29; 1Ts. 4:13-18; Atos 24:15). 

4. Não existe nenhum arrebatamento secreto ensinado na Bíblia. Essa idéia, tanto em palavra como doutrina, é desconhecida na Bíblia e desconhecida pelos homens antes do surgimento dos seguidores de Edward Irving na Inglaterra, por volta de 1830. 

5. Não existe nenhum arrebatamento secreto ensinado na Bíblia. A visão comum de aviões colidindo devido ao “arrebatamento” dos pilotos é produto da imaginação dos falsos mestres. 

6. Não existe nenhum arrebatamento secreto ensinado na Bíblia. A especulação moderna de um “arrebatamento” tem tanta base bíblica quanto as falsas predições de William Miller para o retorno de Cristo em 1844. 

7. O contexto geral de Mateus 24:40-41 é o capítulo inteiro, que está lidando com a vinda do Senhor Jesus em poder e juízo sobre a nação de Israel em 70 d.C. 

8. O contexto imediato é uma advertência pessoal “daquele dia e hora” (24:36). Tendo predito que todos os eventos ocorreriam dentro daquela geração (24:34-35), nosso Senhor exorta à vigilância e fidelidade devido ao tempo desconhecido daqueles eventos. 

9. O contexto preciso é o exemplo de um julgamento do Antigo Testamento que pegou os homens desprevenidos (24:37-39). O dilúvio veio quando os homens estavam despreocupados e pegou todos eles. A vinda do Filho do homem é Sua vinda em juízo sobre a nação (Mt. 16:28). 

10. Os levados são comparados àqueles que o dilúvio de Noé levou – os levados são os ímpios (Mateus 24:39; Lucas 17:27). Os levados não são os santos.

11. O contexto conclusivo é uma exortação à vigilância devido ao tempo desconhecido desse julgamento súbito vindo sobre os desatentos (24:42-15). Paulo incitou os Hebreus à maior fidelidade em seus deveres à luz do mesmo evento (Hebreus 10:25). 

12. Malaquias advertiu sobre o Senhor vindo em juízo sobre os judeus de Sua geração (Ml. 3:1-6; 4:1-6). Não se engane – Elias é João o Batista (Mt. 11:7-15; 17:10-13). 

13. João o Batista advertiu sobre Jesus vindo em juízo sobre sua geração (Mt. 3:10-12). 

14. Jesus advertiu sobre Sua gloriosa vinda em juízo sobre aquela geração (Mateus 16:28; 21:33-46; 22:1-10; 26:64; Lucas 12:49; 23:28-31). 

15. Pedro advertiu sobre a vinda em juízo sobre aquela geração (Atos 2:40). 

16. Paulo advertiu sobre a vinda em juízo sobre aquela geração (1Ts. 2:16; Hb. 10:25). 

17. Tiago advertiu sobre a vinda em juízo sobre aquela geração (Tiago 5:1-9). 

18. O contexto geral de Lucas 17:34-36 são os versículos a partir de 17:20 até o final do capítulo, que lidam com a vinda do reino do Senhor em poder e glória no ano 70 d.C. 

19. O contexto de Lucas (17:20-37) confirma nossa interpretação combinando aqueles eventos para aquela geração (Mt. 24:1-35) com as advertências que seguem (Mt. 24:36-50). 

20. Pelo menos alguns dos discípulos então vivos seriam inclusos nessa situação (17:22). 

21. Lucas adiciona a advertência de não descer do telhado da casa para pegar alguma coisa (Lucas 17:31), visto que tal atraso poderia custar-lhes a vida na subitaneidade do cerco romano. Tais palavras não têm nenhum significado à luz do “arrebatamento”, pois sobre o mesmo é dito que acontecerá num piscar de olhos, sem qualquer advertência! Quem teria tempo para ir e reunir coisas para o arrebatamento? 

22. Lucas também adiciona a advertência da mulher de Ló (Lucas 17:32), visto que a destruição ocorreria a qualquer um que demorasse sair da cidade enquanto os exércitos se aproximassem (Lucas 21:20-21). 

23. Os levados seriam levados por águias comendo as carcaças dos judeus (Lucas 17:37), e essa figura é usada pelo nosso Senhor no meio das coisas para aquela geração (Mt. 24:28). E quando os judeus se reuniram em Jerusalém para a Páscoa, a saga foi iniciada. 

24. Esse foi um evento do qual o escape era possível para os crentes que observassem os sinais e agissem de acordo com eles (Mt. 24:22; Lucas 21:36; Atos. 

25. Entender essas palavras à luz do ano 70 d.C. não é novidade, pois John Gill o Batista (1697-1771), Adam Clarke o Metodista (1715-1832), Albert Barnes o Presbiteriano (1798-1870) e muitos outros comentaristas entenderam a profecia dessa forma também. 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

2 comentários: