domingo, 17 de janeiro de 2021
Proposições sobre o Israel de Deus
domingo, 27 de dezembro de 2020
Ainda não é o Fim!
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Erros Adicionais do Dispensacionalismo
domingo, 13 de setembro de 2020
Haveria um plano distinto de salvação para Israel?
... os israelitas foram designados para viver e servir debaixo de um sistema meritório e legal, ao passo que os cristãos vivem e servem debaixo de um sistema de graça; que os israelitas, como uma nação, têm a sua cidadania agora e seu destino futuro se concentra somente na terra, estendendo-se até a nova terra que está por vir, ao passo que os cristãos têm sua cidadania e destino futuro centralizados somente no céu, estendendo-se até os novos céus que ainda hão de ser cridos... (L.S. Chafer, Teologia Sistematica. Dalton: Publicaciones Españolas, 1974, Tomo II, p. 31).
O N.T. fala da lei, da circuncisão e do próprio povo de Israel em termos simbólicos, como sendo sombras da realidade que se encontra na Igreja (Cl 2.17; Hb 10.1; Ef 1.22,23):
A Igreja é denominada e tratada pelos apóstolos através de termos típicamente judaicos:
A cruz de Cristo provocou mudanças:
sábado, 22 de agosto de 2020
O Templo Judaico - Será que vai ser Reconstruído?
Põe-te à porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este.Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo;Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,E então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominações?É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR.Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel (Jr 7:1-12).
sábado, 15 de agosto de 2020
O Mito do “Literalismo Consistente”
O literalismo é considerado por muitos como um teste de ortodoxia – a única hermenêutica pela qual alguém pode interpretar e entender corretamente a Bíblia. Os pré-milenistas dispensacionalistas, que rejeitam outras visões escatológicas na crença de que elas tendem à “espiritualização”2 e “alegorização”, reivindicam a distinção de serem literalistas consistentes. Um autor que sustenta que esse literalismo é um método superior de interpretação, escreve: “Sou um dispensacionalista porque o dispensacionalismo em geral entende e aplica a Escritura – particularmente a Escritura profética – de uma forma mais consistente com a abordagem normal e literal que creio ser o desígnio de Deus para a interpretação da Escritura”.
O que se quer dizer por “literalismo” aqui? Tradicionalmente, uma hermenêutica literal refere-se ao método gramático-histórico, isto é, interpretar a Bíblia como ela se apresenta. Hoje em dia, o uso da palavra “literal” pelos dispensacionalistas tende a significar o oposto de “figurado”. Essa tendência de negar interpretações figuradas é perseguida tão agressivamente que alguns dizem que o literalismo dispensacionalista é mais apropriadamente descrito como hiper-literalismo.
A convicção de uma abordagem superior e literalista para a interpretação da Bíblia pode levar à arrogância espiritual, produzindo um sentimento de infalibilidade. Certa pessoa observou: “Sendo anteriormente um dispensacionalista, eu estava mesmerizado com a hermenêutica literal, a forma na qual interpretávamos a Bíblia. Estava satisfeito com a confiança que esse princípio de interpretação era a pedra angular de qualquer abordagem verdadeira da Escritura, e o exibia diante de todos como o fundamento do método dispensacionalista. Essa abordagem ‘literal’ produziu em mim uma letargia tranqüila a tudo o que homens do pacto poderiam me dizer. Qualquer argumento que pudessem apresentar era desarmado de antemão com argumentos tais como esse: ‘Eles não advogam uma hermenêutica literal’.”
Esse testemunho ilustra o grave perigo que o literalismo pode ser inadvertidamente considerado como um padrão de verdade superior ao da própria Bíblia. Ao invés de permitir a Escritura interpretar a Escritura, a Palavra de Deus é coada por meio de um filtro literalista sobre a Esse testemunho ilustra o grave perigo que o literalismo pode ser inadvertidamente considerado como um padrão de verdade superior ao da própria Bíblia. Ao invés de permitir a Escritura interpretar a Escritura, a Palavra de Deus é coada por meio de um filtro literalista sobre a pressuposição teológica que Deus evitou completamente a linguagem profética figurada.
O Novo Testamento está cheio de exemplos onde pessoas erram ao falhar em reconhecer o uso de linguagem figurada por Jesus. Quando Jesus falou do templo de seu corpo (João 2:21), os judeus erraram ao pensar no templo físico e exigiram sua morte sobre a base dessa interpretação literal equivocada (Mt. 26:61). A interpretação literal de Nicodemos levou-o a perguntar se “nascer de novo” significava “tornar a entrar no ventre de sua mãe” (João 3:4). Quando Jesus falou de “uma fonte de água que salte para a vida eterna”, a mulher samaritana errou ao desejar um gole de água literal (João 4:10-15). Esses exemplos são suficientes para demonstrar que uma interpretação literal (não figurada) pode levar a conclusões equivocadas.
O problema para os literalistas é que ninguém é um literalista estrito quando diz respeito à interpretação da Bíblia. Além do mais, visto que ninguém é um literalista estrito, ninguém pode definir o que é realmente “literalismo consistente”.
Aqueles que avaliam as alegações de literalistas ficam impressionados com as inconsistências gritantes desse sistema. O.T. Allis observa: “Embora os dispensacionalistas sejam literalistas extremos, eles são muito inconsistentes. Eles são literalistas na interpretação de profecias. Mas na interpretação da história, levam o princípio da interpretação tipológica [simbólica] a um extremo que raramente tem sido excedido, mesmo pelo mais ardente dos alegoristas.” Um dos antigos dispensacionalistas mais influentes, C. I. Scofield, registrou que a escritura profética deveria ser interpretada com “literalidade absoluta”, enquanto a “escritura histórica tem um significado alegórico ou espiritual.” LaRondelle identifica corretamente essa abordagem à interpretação bíblica como uma “hermenêutica dupla inconsistente e conflitante.” Tão radical é a abordagem dos literalistas que Hughes expressa “medo que o método dispensacionalista de interpretação faça violência à unidade da Escritura.” Gerstner e outros têm comentado que a hermenêutica literal não determina a teologia dispensacionalista, mas sim a teologia dispensacionalista determina sua hermenêutica e o faz de maneira inconsistente.
Embora certos literalistas afirmem que as profecias do Antigo Testamento com respeito à primeira vinda de Cristo foram todas cumpridas literalmente, outros têm demonstrado que essa afirmação é falsa. Somente 35% de tais profecias foram cumpridas de forma literal, sendo que o restante teve cumprimentos simbólicos ou analógicos. Outras inconsistências são numerosas demais para mencionar, mas foram abundantemente documentadas por Allis, Berkhof, Bahnsen e Gentry, Cox, Crenshaw and Gunn, Fuller, Gentry, Gerstner, Grenz, Hoekema, Hughes, LaRondelle, e outros.
Essas inconsistências têm feito muitos distanciarem-se do literalismo dispensacionalistas. Vários “dispensacionalistas progressivos” têm rejeitado “como inadequada a hermenêutica literalista estrita de pensadores antigos [e] não mais aderem à distinção rígida entre Israel e a igreja, mas colocam ambos sob o único programa de Deus para o mundo…”. Outros têm rejeitado o literalismo de seus predecessores como “muito simplista”. Essa confusão sobre o literalismo tem feito os dispensacionalistas debaterem entre si, buscando uma definição, e questionando os princípios básicos do seu sistema.
S. Lewis Johnson resumiu o problema do literalismo rígido da seguinte forma: “Falhando em examinar a metodologia dos escritores bíblicos cuidadosamente, e quase ignorando as regras e princípios limitados das pressuposições da razão humana, temos tropeçado e perdido nossos marcos ao longo do caminho em direção ao entendimento da Sagrada Escritura. Scriptura sui ipsius interpres [A Escritura é a sua própria intérprete] é o princípio fundamental da interpretação bíblica.”
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Credenda/Agenda, Volume 9, Nº 1.
domingo, 26 de julho de 2020
Os Erros do Dispensacionalismo
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
Sistemas Teológicos Comparados
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
O Templo de Ezequiel será construído na terra?
- Estes capítulos falam de sacerdotes levitas que servem no santuário (44:15-16; 48:11). Se aceitarmos uma interpretação literal deste sacerdócio para um futuro templo, cairíamos em contradição de vários ensinamentos do Novo Testamento. Os cristãos – judeus e gentios – fazem parte do sacerdócio santo (1 Pedro 2:5). Jesus, que não é levita, é o sumo sacerdote para sempre (Hebreus 7:11-14,21). “Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria...” (Hebreus 8:4). Aplicar a profecia de Ezequiel a um templo literal futuro nega o sacerdócio dos crentes e, pior, nega o sacerdócio de Jesus!
- Estes capítulos falam das celebrações anuais, mensais e semanais da Antiga Aliança (45:18 - 46:8). Paulo claramente ensinou que estes dias especiais pertenciam à sombra das coisas anteriores, e não à luz do evangelho (Colossenses 2:16-17). Uma interpretação literal das visões de Ezequiel inclui uma volta à sombra! Quem fizesse isso abandonaria a luz da graça de Cristo (Gálatas 5:4).
- Estes capítulos falam claramente de sacrifícios de animais “pelo pecado e pela culpa” (40:38-43; 45:18-25; 46:1-15). A aplicação literal a um templo futuro enfrenta o problema sério de defender sacrifícios de animais pelo pecado milhares de anos depois da morte de Jesus. Se aceitar esta noção de sacrifícios literais, estaria negando a eficácia e a suficiência do único sacrifício de Jesus Cristo (Hebreus 9:11-15,24-28; 10:1-18). Se afirmar que os sacrifícios em Ezequiel são simbólicos, o sistema de interpretação literal começa a desmoronar. Se os sacrifícios são simbólicos, as medidas podem ser simbólicas e o próprio templo pode ser simbólico. De fato, o que Ezequiel falou sobre os sacerdotes, as festas, os sacrifícios e sobre o próprio templo serve para representar, simbolicamente, a comunhão que os cristãos têm atualmente em Cristo, no reino que já existe (Colossenses 1:13). É errado usar este trecho para ensinar sobre um reino e um templo aqui na terra no futuro.