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domingo, 17 de janeiro de 2021

Proposições sobre o Israel de Deus



Proposição n.º 1
A igreja de Jesus Cristo, abrangendo os eleitos de Deus de ascendência tanto judaica quanto cristã, é uma parte do Reino messiânico de Cristo, embora não esgote as dimensões desse Reino.

Proposição n.º 2
O Estado judaico moderno não faz parte do Reino messiânico de Jesus Cristo. Embora se possa afirmar que esse governo civil, em especial, surgiu sob a soberania do Deus da Bíblia, seria uma negação da afirmação de Jesus de que seu Reino "não é deste mundo" (Jo 18:36) afirmar que esse governo faz parte de seu Reino messiânico.

Proposição n.º 3
Não se pode definir, por meio das Escrituras, que o nascimento do Estado moderno de Israel seja um precursor profético da conversão maciça do povo judeu.

Proposição n.º 4
A terra da Bíblia foi usada num papel tipológico como modelo de realização consumada dos propósitos de Deus para seu povo redimido que abrange a totalidade do cosmos. Por causa do âmbito naturalmente limitado da terra da Bíblia, não se considera que ela tenha uma importância contínua no plano da redenção que não seja sua função de modelo de ensino.

Proposição n.º 5
Mais do que entender as predições sobre o "retorno" de "Israel" à "terra" como um restabelecimento geopolítico do Estado de Israel, uma interpretação melhor dessas profecias mostra que elas encontram seu cumprimento consumado na "restauração de todas as coisas" que acompanharão a ressurreição dos crentes no retorno de Cristo (At 3:21; Rm 8:22,23).

Proposição n.º 6
Nenhum sacerdócio restabelecido e nenhum sistema sacrificial reinstituído jamais serão introduzidos a fim de proporcionar um suplemento apropriado ao sacerdócio atualmente estabelecido de Jesus Cristo e a seu sacrifício final.

Proposição n.º 7
Nenhuma prática de adoração que coloque os crentes judeus numa categoria diferente dos crentes gentios pode ser considerada uma forma legítima de adoração entre o povo redimido de Deus.

Proposição n.º 8
O futuro Reino messiânico deve incluir como cidadãos de igual importância crentes tanto judeus quanto gentios, inclusive ao ser incorporados igualmente na manifestação presente do Reino de Cristo.

Proposição n.º 9
A futura manifestação do Reino messiânico de Cristo não pode incluir um aspecto particularmente judeu que distinga as pessoas e as práticas dos crentes judeus das de seus irmãos gentios.

Proposição n.º 10
O futuro Reino messiânico abrangerá igualmente a totalidade do cosmos recém-criado e não experimentará uma manifestação especial de qualquer natureza na região da "terra prometida".

Proposição n.º 11
Os crentes gentios devem diligentemente buscar uma comunhão eclesiástica unificada com os crentes judeus, regozijando-se quando estes forem enxertados em Cristo e, em consequência, trouxer uma imensa bênção ao mundo.

Proposição n.º 12
Os crentes judeus devem diligentemente buscar uma comunhão eclesiástica unificada com os crentes gentios, regozijando-se com o propósito de Deus de trazer mais judeus para a fé em Jesus como seu Messias, provocando neles o ciúme pela bênção dos crentes gentios.

Fonte: amilenismo.com 
 

domingo, 27 de dezembro de 2020

Ainda não é o Fim!


Não poucos cristãos ficam alarmados diante das tragédias dos nossos dias. Quer estejamos falando de catástrofes naturais, como o tsunami, ou de decadência moral, como a legalização do “casamento” homossexual, tais acontecimentos são vistos pelo povo de Deus como “sinais dos tempos”, como uma prova de que o fim do mundo está próximo. Tais cristãos, como diria o falecido Greg Bahnsen, fazem exegese de jornal, em vez de exegese das Escrituras, a única fonte segura acerca do futuro da humanidade.

Não sabemos quando Jesus voltará. Tragédias como essas e outras bem piores já aconteceram ao longo da história da humanidade, e foram superadas, com a graça a Deus. O nazismo é um dos mais claros exemplos. Muitos achavam que Hitler era o próprio anti-cristo e que Jesus voltaria naquela geração. Pessoas que vaticinaram isso trouxeram vergonha ao nome de Deus, e ao seu Evangelho. Anunciaram uma mentira, em vez da verdade revelada por Deus nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento.

Ora, não somos chamados a prever a proximidade da vinda do Senhor. Aliás, tal empreendimento é um exercício em futilidade, pois é impossível saber tal coisa, visto que os anjos não o sabem, e nem mesmo o Filho (o maior profeta que já pisou nesta terra) segundo a sua humanidade (Mt 24.36). Somos chamados a viver fielmente, proclamando as boas novas do Evangelho a uma geração perversa, quer experimentemos perseguição ou tempos de refrigério e tranquilidade.

Provavelmente Jesus não voltará em sua geração, leitor. Essa é e será a realidade para a vasta maioria dos cristãos em toda a história da redenção. Durante quase 2000 anos, milhares e milhares de cristãos tem experimentado a morte (por perseguição, enfermidades ou velhice), sem que Jesus tenha voltado. Contudo, mesmo que Jesus não volte na sua geração (a menos que você esteja lendo esta postagem algumas décadas ou séculos após 2015), não há motivo para tristeza e muito menos desespero. Como disse Moisés, a nossa vida cedo se corta e voamos; chegamos com muita dificuldade aos oitenta anos, e o melhor então é canseira e enfado (Salmo 90). Mas quando chegar o nosso dia de deixar esta terra de sombras, partiremos e estaremos com o Senhor (Filipenses 1.21-23). Em outras palavras, embora a Segunda Vinda de Cristo possa demorar ainda séculos ou mesmo milênios, a maioria dos cristãos esperará no máximo 80 ou 100 anos para se encontrar pessoalmente com Cristo. Assim, em vez de alarmismo e previsões tolas acerca do fim do mundo, que só envergonham o Evangelho, precisamos ser confortados e encorajados com essa verdade.

Abandonemos a teologia “The Doors” em favor de uma postura bíblica diante dos acontecimentos ao nosso redor. Deus não nos deu uma sequência exata dos eventos que precederão o fim do mundo, mas nos deu a certeza de que ele está no controle de todas as coisas. Não fomos chamados a sermos videntes, mas a vivermos por fé, e não por vista (2 Coríntios 5.7).

“This is the End” é uma música boa, mas uma péssima teologia. Ainda não é o fim!



Fonte: www.monergismo.com

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Erros Adicionais do Dispensacionalismo



Mencionamos anteriormente o que cremos ser os erros principais do dispensacionalismo. Outros erros são os seguintes: 

A separação de Israel e a Igreja feita pelo dispensacionalismo. Um dos fundamentos do dispensacionalismo é que Israel é Israel, e a Igreja é a Igreja, e nunca os dois podem ser confundidos. Isto é contrário ao ensino da Escritura de que o “Israel” do Antigo Testamento, tanto natural como espiritualmente, é a Igreja (Rm. 2:28,29). Em Atos 7:38 Israel é chamado de “a igreja no deserto”. Em Hebreus 12:22-24, Jerusalém e Sião são identificados com a Igreja (veja também Gl. 3:29 e Fp. 3:3). Em Apocalipse 2:9,10, a noiva, a esposa do Cordeiro, é identificada com a santa Jerusalém. 

A separação no dispensacionalismo entre a obra de Cristo em favor dos judeus e sua obra em favor da Igreja. O dispensacionalismo ensina que Cristo é o Rei de Israel, mas o Cabeça da Igreja. As notas da Bíblia de Estudo Scofield ensinam até mesmo que o povo do Antigo Testamento foi salvo de outra forma que não pela fé na obra expiatória de Cristo e que Deus tem mais de um plano de salvação. Isto é contrário ao claro ensino da Escritura que Cristo é o mesmo Salvador, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gl. 3:28,29; 1Tm. 2:5,6; Hb. 11:6). 

A exclusão dos santos do Antigo Testamento do “corpo” e da “noiva” de Cristo feita pelo dispensacionalismo. Isso procede, certamente, da separação que ele faz entre Israel e a Igreja, e entre a relação de Cristo para com Israel como Rei, e para com a Igreja como Cabeça. Mas tal ensino também é contrário à Escritura, que inclui os santos do Antigo Testamento “na família da fé” e numera-os no corpo e noiva de Cristo (Ef. 2:11-18, especialmente v. 16, que fala do fato que judeus e gentios foram reconciliados “em um corpo”; Ap. 21:9,10, onde “a noiva, a esposa do Cordeiro” é identificada com a santa Jerusalém). 

O ensino do dispensacionalismo que o Espírito Santo será retirado da terra durante o período de sete anos entre o rapto e a revelação. Durante este período os judeus supostamente serão salvos e trazidos à fé em Cristo sem as operações soberanas e graciosas do Espírito Santo. Isto, também, é contrário ao ensino da Escritura de que a fé é o dom de Deus através do Espírito Santo, e é contrário também ao ensino bíblico de que a regeneração, ou o novo nascimento, que é essencial para a salvação, é obra exclusiva do Espírito (Jo. 3:3-8; Ef. 2:8). 

O ensino do dispensacionalismo com respeito ao assim chamado “mistério” da Igreja. O dispensacionalismo clássico ensina que a história da Igreja no Novo Testamento é um “parêntese” e que a própria Igreja é um mistério nunca mencionado no Antigo Testamento. Isto contradiz o ensino da Escritura, que não somente profetiza a Igreja, mas realmente vê o Israel verdadeiro como a Igreja e a Igreja como Israel. Em Atos 15:13ss, Tiago aplica uma profecia do Antigo Testamento com respeito à Israel para o estabelecimento das igrejas gentílicas do Novo Testamento (compare isto com Atos 7:38). Da mesma forma, a Igreja não é vista na Escritura como um “parêntese”, mas como o objetivo e propósito de toda a obra de Deus na história. Ela é “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Ef. 1:22, 23), a “igreja gloriosa” que ele apresenta a si mesmo por toda a sua obra salvadora (Ef. 5:25-27). 

Por todas estas razões, o dispensacionalismo deve ser rejeitado. 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 301-302.  

 

domingo, 13 de setembro de 2020

Haveria um plano distinto de salvação para Israel?



Creio que Deus tem sua graça estendida sobre o povo de Israel, mas não um plano distinto de salvação para os judeus como ensinado pelos dispensacionalistas, que dizem que Israel será salvo no período da Grande Tribulação, não através da graça, mas como um prêmio pelo martírio, pois afirmam que naquele tempo será restabelecido o período da lei como nos dias do Antigo Testamento. Uma grande heresia que deve ser totalmente rechaçada!

Chafer, proeminente dispensacionalista e fundador do Seminário de Dallas, em “Teologia Sistemática” afirma que Deus estabeleceu um plano de salvação diferente para os judeus e que também designou um destino diferente para eles, a saber, um paraíso na terra e não no céu:

... os israelitas foram designados para viver e servir debaixo de um sistema meritório e legal, ao passo que os cristãos vivem e servem debaixo de um sistema de graça; que os israelitas, como uma nação, têm a sua cidadania agora e seu destino futuro se concentra somente na terra, estendendo-se até a nova terra que está por vir, ao passo que os cristãos têm sua cidadania e destino futuro centralizados somente no céu, estendendo-se até os novos céus que ainda hão de ser cridos... (L.S. Chafer, Teologia Sistematica. Dalton: Publicaciones Españolas, 1974, Tomo II, p. 31).


Mas o ensino de que é possível salvação através das obras da lei contraria totalmente o ensino do Novo Testamento que, enfaticamente, proclama: "É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela Lei, pois “o justo viverá pela fé” (Gl 3.11). "Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando- se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado" (Rm 3.20). O próprio Abraão foi justificado por fé e não pelas obras (Gl 3.5-9). E os sacrifícios de cordeiros para perdão dos pecados nos tempos do Antigo Testamento apontavam para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, de modo que os santos do Antigo Testamento não foram justificados por obras, mas pelo sangue do Cordeiro (Hb 8.5; 10.1)! Jesus é a nossa Páscoa (Hb 11.26)! Porque "... não há um só justo na terra, ninguém que pratique o bem e nunca peque" (Ec 7.20 cf. Rm 3.10-12). "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3.23,24). "Pois, se a justiça vem pela Lei, Cristo morreu inutilmente!” (Gl 2.21). 

Além disto, Paulo nega a existência de qualquer plano distinto de salvação para os judeus, ensinando que no Novo Testamento "já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em todos" (Cl 3.11). Isto aconteceu porque a "barreira" e o "muro de inimizade" entre judeus e gentios foram destruídos na cruz, e, assim: "de ambos os povos fez um" (Ef Ef 2.14).

Antes de Cristo, os gentios estavam "separados da comunidade de Israel" (Ef 2.11), mas agora fazem parte da COMUNIDADE DE ISRAEL! Fomos enxertados na mesma e única OLIVEIRA (Rm 11.17). Agora somos: "concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular" (Ef 2.19,20). A Igreja é agora denominada de "o povo escolhido de Deus" (Cl 3.12) e também de "O Israel de Deus" (Gl 6.16). E as promessas que anteriormente foram destinadas ao povo hebreu, agora pertencem a Igreja, que congrega judeus e gentios remidos pelo sangue de Cristo: "Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam" (1 Pe 2.9 cf. Ex 19.6). 

A Igreja é a continuidade de Israel como povo de Deus, não no sentido de excluir os judeus, mas no sentido de incluir também os gentios debaixo do senhorio redentor do Messias (Ef 2.12-22; Os 1.9; 2.25; Jo 1.10-12; 9.17; 12.14; Rm 9.24, 25). Como "Israel de Deus", a Igreja é composta por judeus (o remanescente de Israel que estão em Cristo) e por gentios que também se encontram em Cristo e que também receberam o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12,13), legítimos descendentes de Abraão e herdeiros das promessas (Gl 3.29)!

Deus não possui dois povos e nem duas comunidades, mas apenas uma! Jesus não possui dois Corpos, mas apenas um, que é a Igreja! O propósito divino foi "reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade" (Ef 2.16). "Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Ef 2.22). Pois "há somente um corpo e um espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" ( Ef 4.4-6 ). "Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam"( Rm 10.12 ). 

O caminho de salvação é o mesmo para judeus e para gentios: "Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito" (Ef 2.17,18). O Evangelho da Graça baseado na cruz de Cristo é o caminho: "reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade" (Ef 2.16). Através do único remanescente verdadeiramente justo e fiel de Israel, o Messias Jesus Cristo, o descendente de Abraão por excelência (Gl 3.16), foi que Deus estendeu sua graça a todas as nações conforme seu plano Eterno que fora previamente anunciado a Abraão (Gn 12.1-3 cf. Gl 3.14-16).

O Evangelho do Reino de nosso Senhor Jesus Cristo é a única esperança de salvação para os judeus, assim como o é para os gentios. Pois sabemos que "Deus não faz acepção de pessoas" (Rm 2.11), os judeus só podem ser salvos se aceitarem a Cristo como único e suficiente Salvador durante a era presente. Pois só há um caminho e um único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos. Após o soar da última trombeta não haverá segunda oportunidade para ninguém, tanto incrédulos judeus como gentios se lamentarão naquele dia (Ap 1.7), clamarão para que as pedras caiam sobre eles e buscarão a morte sem que a possam encontrar. Sendo enganosa a idéia de uma segunda oportunidade de salvação após o arrebatamento da Igreja (Mt 25.1-13) e também é falsa a idéia de um plano de salvação distinto para Israel. "Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito" (1 Co 12.13).

Paulo usa 14 capítulos em Romanos para provar que nunca existiu um plano de salvação para judeus e outro para os gentios, mas, ao contrário, sempre houve um único plano eterno incluindo judeus e gentios (Gn 17.5; Rm 4.11, 12, 16, 17, 23, 24). Paulo não diz que Deus mudou o seu plano original, antes, ele afirma que a Igreja sempre foi o plano de Deus (Ef 3.4-6, 21, 26, 31; Gl 3.8, 16; ver também Gn 3.15). 

O N.T. fala da lei, da circuncisão e do próprio povo de Israel em termos simbólicos, como sendo sombras da realidade que se encontra na Igreja (Cl 2.17; Hb 10.1; Ef 1.22,23): 


1. Israel era um tipo da Igreja como povo de Deus; 
2. A terra prometida um tipo do céu (a Nova Terra); 
3. A circuncisão, ritual de iniciação do judaísmo, um tipo do novo nascimento e do batismo, ritual de iniciação do cristianismo; 
4. A lei um tipo e um aio para o evangelho, pois a lei não tinha um fim em sim mesma, mas encaminhava-se para Cristo e encontrou seu fim, cumprimento e plenitude no Evangelho do Reino; 
5. E o templo um tipo do “Corpo de Cristo” (Hb 8.5; 9.9, 24; 10.9,16,19-21; 11.9-16,39,40; 12.18-24; 13.10-14; Cl 2.11,12). 
6. Os cristãos são chamados de “eleitos de Deus” (Rm 9.33). 

A Igreja foi profetizada no A.T.: (Jo 8.56; At 3.22-24; 1 Pe 2.9 comparar com Ex 19.5,6; Hb 2.12 comparar com Sl 22.22). 

A Igreja é denominada e tratada pelos apóstolos através de termos típicamente judaicos:


1. O “Israel de Deus” (Gl 6.16; 3.6-16; 1 Pe 2.6s comparar com Ex 19.5,6; Rm 2.11, 28, 29; Jo 15.1; Rm 11.17-24; Ef 2.12-22; 3.6; 4.4; Jo 10.16; Rm 9.24, 25 cf. Os 2.23) 
2. "Raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus" (1Pe 2.9-10; Ap 1.6; Tt 2.14; cf. Ex. 19.6; Dt 7.6); A diáspora (1Pe 1.1; Tg 1.1) 
3. As doze tribos (Tg 1.1; Ap 7.4; Lc 22.30) 
4. Judeu interiormente (Rm 2.28-29); 
5. A circuncisão (Fp 3.3 cf. Cl.2.11; Rm 2.29) 
6. Os que "chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo" (Hb 12.22)
7. O novo céu, onde a Igreja morará, é denominado de "A Nova Jerusalém" e possui portas onde estão "escritos os nomes das doze tribos de Israel" (Ap 21.12)
8. Filhos da promessa como Isaque (Gl 4.28) 
9. Legítimos descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29)
10. “Eleitos de Deus” (Rm 9.33)

O Verdadeiro Israel é aquele que possui o Messias. Cristo é a Videira verdadeira (Jo 15.1), a videira é símbolo notório de Israel. O verdadeiro herdeiro de Abraão é o que tem fé no Messias prometido (Gl 3.1s). E não é sem propósito que o número de apóstolos da Igreja é idêntico ao número de tribos de Israel. 

Portanto, não existem duas videiras. Assim como também não existem dois corpos, nem duas cabeças, nem duas noivas, nem dois noivos, nem muito menos dois meios de salvação.

Em Romanos 9.24-26, Paulo usa duas profecias que literalmente se referem à salvação futura de Israel e as aplica à Igreja, que, formada de judeus e gentios, tornou-se o povo de Deus. A Igreja tem a mesma afinidade com a nação de Israel que o Novo Testamento tem com o Antigo Testamento ou que a graça tem com a lei. 

A cruz de Cristo provocou mudanças: 


1. O Antigo Testamento foi superado pelo Novo Testamento. 
2. O sacrifício de animais foi superado pelo sangue do Cordeiro; 
3. O Sábado foi superado pelo Dia do Senhor; 
4. A lei é substituída pelo Evangelho (Rm 6.14; 10.4); 
5. A circuncisão pelo Novo Nascimento, o batismo cristão (Cl 2.11; Rm 2.28,29 “verdadeiro judeu é aquele que é circuncidado no coração” e Fl. 3.3 que diz: “Porque nós é que somos a circuncisão...”); 
6. O sacerdócio levítico é substituído pelo sumo-sacerdócio de Cristo (Livro de Hebreus) e pelo sacerdócio universal de todos os crentes (1 Pe 2); 
7. A Jerusalém terrestre é substituída pela Nova Jerusalém celestial; 
8. A terra prometida pelo céu; 
9. O templo pelo Corpo de Cristo (Igreja)
10. Israel dá lugar a Igreja como povo de Deus (Ef 2.14,16; Gl 6.16). 

Dizer que o antigo regime da Lei, que foi superado pelo Evangelho da Graça, vai ser ainda reavivado é o mesmo que dizer que o sacrifício de Cristo não foi eficaz e suficiente (Gl 2.21). A Bíblia nada diz sobre o fim da era da Igreja e a restauração da era judaica e também nada ensina sobre um dia de restauração do período da Lei, pois segundo as Escrituras, a Lei serviu de tutor (Gl 3.24) para o Evangelho e não tem porque voltar a cena, porque "O FIM DA LEI É CRISTO" (Rm 10.4)!

A dicotomia entre Israel e Igreja também é destruída pela afirmações de Paulo de que os santos do Antigo Testamento também estão em Cristo, significando que eles também pertencem ao Corpo de Cristo que é a Igreja (1Co 12.13). Temos, portanto, um único povo de Deus salvo e unificado através das eras pelo bendito sangue do único e verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

Apocalipse 21 descreve a moradia celestial da Igreja, denominada como sendo "a noiva e a esposa do Cordeiro” (v.10). Este novo céu é chamado de Nova Jerusalém (v.11), a nova terra prometida. A descrição deste novo céu também remonta a Israel: "Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel" (v. 12). E é nesta mesma cidade santa que encontramos "os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" inscritos nos fundamentos de seus muros. O que revela que o destino de Israel não é um paraíso na terra, mas, sim, no mesmo céu da Igreja! Pois de ambos os povos, Deus fez um: A Igreja, que está edificada sobre o fundamento dos profetas do Antigo Testamento e dos Apóstolos do Novo (Ef 2).

Não existe, portanto, um plano de salvação distinto para Israel. A esperança futura para Israel é exercer fé em Cristo, sendo novamente reconduzido a mesma e única Árvore, a Oliveira, da qual fazem parte judeus e gentios crentes, o Corpo de Cristo, que é a Igreja, onde não há mais lugar para distinções entre judeus e gentios.

sábado, 22 de agosto de 2020

O Templo Judaico - Será que vai ser Reconstruído?




Entre os elementos evangélicos e fundamental do cristianismo moderno, parece haver uma paixão estranha com tudo o que é considerado "judeu". Há atualmente uma forte ênfase a ser colocada sobre a Torá judaica, tradições judaicas, a história judaica, xales de oração judeu, símbolos judaicos, músicas judaicas, direitos dos judeus, a terra judaica e o povo judeu. Durante os últimos 40 anos em nossas igrejas não vem ocorrendo uma grande mudança a partir de um centrado em Cristo para uma teologia centrada no homem. Em nenhuma área do pensamento teológico é esta mudança mais evidente do que na escatologia (a doutrina das últimas coisas), geralmente conhecido como profecia. Surpreendentemente, o objeto primordial da maioria ensino profético é centrada em um povo conhecido como os judeus. Onde uma vez eclesiologia (doutrina da Igreja) e soteriologia (doutrina da salvação) foram pregada com poder e autoridade espiritual, deu agora lugar a uma mensagem de Judaistica preeminência.

Há ministérios que são totalmente dedicados a promover a causa judaica na Palestina, em total desrespeito aos direitos e bem-estar dos outros ocupantes da terra. Atualmente, devido à influência dos meios de comunicação seculares, o púlpito "cristão" tem tomado partido no conflito do Oriente Médio, fechando os olhos para os fatos bíblicos da história e da profecia.

Fetichismo Religioso

A área na cidade de Jerusalém, conhecida como o "Muro das Lamentações" agora se tornou um santuário sagrado para muitos equivocados cristãos americanos [e brasileiros]. Um ministério está pedindo que as pessoas enviam seus pedidos de oração para eles para que eles possam, por sua vez levá-los a ser inseridos nas fendas do Muro das Lamentações. Isso equivale a nada menos do que o fetichismo religioso. O Muro das Lamentações era uma vez uma parte da maior área do templo de Herodes, que foi destruído no ano 70 pelos romanos.

O próprio Jesus previu a destruição do antigo templo e a ordem pervertida religiosa que ela representava. Durante 600 anos antes do ministério terrestre de Jesus, durante os dias de Jeremias, o Senhor repreendeu o povo de Judá para justificar seus maus caminhos, usando sua devoção ao templo físico como uma cobertura religiosa.

A palavra que da parte do SENHOR, veio a Jeremias, dizendo:

Põe-te à porta da casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.
Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este.
Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras; se deveras praticardes o juízo entre um homem e o seu próximo;
Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
Eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.
Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.
Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
E então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para fazermos todas estas abominações?
É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR.
Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, ao princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel (Jr 7:1-12).

Templo Reconstruído?

Em vez de dizer o povo judeu para se arrepender e aceitar Jesus Cristo e Seu poder para mudar as suas vidas pelo poder do Espírito Santo, a ênfase de uma grande maioria da "direita" igreja cristã é arrecadar dinheiro para fins sociais e humanitários de causas judaicas. Uma questão que parece ser fundamental na teologia dispensacional moderna é que um templo judaico restaurado deve ser construído em Jerusalém. O Domo da Rocha, onde está atualmente localizado muitos dispensacionalistas acreditam que novo templo judeu precisa ser reconstruído. Em seu desespero para contornar esse problema do lugar sagrado islâmico e a atitude inflexível dos muçulmanos para que permaneça, alguns sionistas cristãos têm pesquisado novamente a área. Eles "descobriram" que o futuro templo judaico pode ser construída ao lado da mesquita islâmica e ainda cumprir as exigências de suas aspirações proféticas.

Outro problema para muitos futuristas é que eles não têm certeza se o templo futuro será uma "tribulação" templo ou um templo "milenar". Como um templo "tribulação", o anticristo alegada vai sentar-se nele. Como um templo "milenar", o próprio Jesus irá residir lá e sentar-se sobre um trono judeu e reinar sobre toda a terra. A única resposta para esta questão teológica é descobrir a história dos templos do Antigo Testamento como registrado na Palavra de Deus. A atitude de Deus para templos terrenos é claramente visto como Ele permitiu que seis templos para ser construído e depois destruído ou entrar em decadência.

Templos históricos

1) O Tabernáculo de Moisés

Logo após o êxodo de Israel do Egito, o Senhor deu a Moisés as instruções quanto à construção do tabernáculo. Este tabernáculo era para ser construído a partir das ofertas do povo e considerado como santuário de Deus. O Senhor declarou que isso seria um lugar "para que eu possa habitar no meio deles". "E aí eu virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório ..." (Êxodo 25:18, 22).

Esta morada de Deus entre Israel foi ainda preenchido com a glória do Senhor, na medida em que Moisés não podia entrar como mediador para o seu povo (Êxodo 4:34-35). Apesar da extrema importância deste tabernáculo na vida espiritual e cultural de Israel, que durou apenas 40 anos mais e deu lugar à decadência.

2) O Tabernáculo de Siló

Depois que os filhos de Israel atravessou o rio Jordão para a terra de Canaã, eles ergueram uma tenda em Silo. Josué registra: "E toda a congregação dos filhos de Israel se reuniu em Siló, e ali armaram a tenda da congregação lá" (Js 18: 1).

Esta estrutura física durou cerca de 450 anos, em todo o período dos juízes até o tempo do profeta Samuel. Foi neste tabernáculo que Eli serviu como Sumo Sacerdote e onde o jovem Samuel ouviu o Senhor chamá-lo três vezes. Quando Israel saiu para lutar contra os filisteus, a Arca da Aliança, que residiram no Tabernáculo Siló, foi capturado por forças inimigas. Tanto a Arca ea Glória de Deus partiu deste tabernáculo, e nunca mais voltou. (Veja I Samuel 1-8). Este tabernáculo finalmente entrou em decadência e ruína.

3) Tenda de Davi

Um dos primeiros atos como rei sobre o Reino Unido de Israel, Davi trouxe a Arca de Deus para Jerusalém. Esta era uma estrutura temporária que Davi tinha feito, e "eles trouxeram a arca do Senhor, e a puseram no seu lugar, no meio da tenda que Davi tinha armado para ela:" (II Sam 06:17.). Conta o de registros Crônicas que: "Davi fez para si casas na cidade de Davi, e preparou um lugar para a arca de Deus, e armou-lhe uma tenda" (I Cr 15:1.). Esta estrutura foi temporária e durou apenas 40 anos.

4) O Templo de Salomão

Esta estrutura permanente e magnífica que o rei Salomão tinha construído teria sido considerado como uma das maravilhas do mundo antigo. O relato bíblico diz: "Assim, toda a obra que Salomão fez para a casa do Senhor foi concluída, e trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi tinha consagrado, a prata, e o ouro, e todos os instrumentos, colocar ele entre os tesouros da casa de Deus "(II Cr. 5:1). O próprio Senhor consagrou este templo por manifestar a Sua glória visível no momento de sua dedicação. Este foi sinal de aprovação de Deus por todo o trabalho que foi feito, porque: "Agora, quando Salomão tinha acabado de orar, desceu o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor enchia a casa. E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor, porque a glória do SENHOR tinha enchido a casa do Senhor "
(II Cr. 7:1-2).

Independentemente do fato de que esse templo era considerado o lugar da habitação de Deus na Terra, ele também só durou cerca de 350 anos. Deus permitiu que este templo fosse destruído pelos babilônios durante a sua captura e destruição de Jerusalém em 596 a.C.

5) Templo de Zorobabel

Após os 70 anos de exílio na Babilônia mais de 42.000 judeus voltaram para Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias. Eles reconstruíram a cidade e o templo. Esdras registra: "E esta casa foi consumada" (Esdras 6:15) e fizeram sacrifícios para Deus na dedicação do novo templo. Foi aqui onde o Ageu profetas e Zacarias encorajou-os no trabalho. Esta estrutura teve a duração de cerca de 400 anos, até o tempo da era Macabeus.

Foi neste templo que o rei da Síria, Antíoco ofereceu um porco no altar. Isso exigiu um re-dedicação que ficou conhecido como a festa judaica das luzes. A Arca da Aliança nunca residiu neste templo, nem o Senhor manifestou a Sua Glória nele.

6) Templo de Herodes

Este magnífico templo foi construído durante o reinado do rei Herodes, o Grande. Sua construção começou em 19 a.C e levou 46 anos para ser concluído. Herodes, que era um edomita pelo sangue e pela religião judaica construiu este e outros edifícios cívicos para congraçar-se com o povo judeu.

Jesus foi para o templo muitas vezes durante Seu ministério terreno, mas foi limitada apenas à área do pórtico de Salomão. Não há indicação de que Ele nunca entrou em quaisquer salas interiores ou o Lugar Santo. Foi neste templo que Ele se refere em Mateus capítulo 24, quando Ele profetizou sua destruição total. Este templo nunca foi santificado pela glória manifesta de Deus e foi totalmente destruída pelos romanos em 70 d.C. Durou por não mais de 90 anos.

A partir do exemplo acima dos seis tendas físicas e templos que foram uma vez conhecida como a "Casa de Deus", é óbvio que a dispensa de um terreno do templo "sagrado" acabou. Estêvão, o primeiro mártir cristão, repetiu as palavras do profeta Isaías, quando ele declarou: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta:

O céu é o meu trono, E a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, Ou qual é o lugar do meu repouso?
Porventura não fez a minha mão todas estas coisas?" (Atos 7:48-50).

Se quando os cristãos sionistas e judeus conseguem construir um templo moderno, em Jerusalém, que não irá de forma alguma ser a Casa de Deus. Ela será apenas uma estrutura física que irá representar os esforços equivocados dos homens, devido aos pontos de vista heréticos proféticas de dispensacionalismo. Jesus Cristo é capaz de destruir qualquer novo edifício que seria um substituto blasfêmia do verdadeiro templo, que é o Seu corpo.

Futuristas muitos erroneamente aplicam a profecia do templo de Ezequiel (capítulos 40-48) como prova de um templo reconstruído física em Jerusalém antiga. No conselho da primeira igreja registrada em Atos 15, Tiago repete a profecia de Amós 9:11, que é o tabernáculo de Davi que vai ser reconstruído. Esta não é a tenda temporária que Davi construído para a Arca. O verdadeiro tabernáculo de Davi, como pode ser visto a partir do contexto do testemunho de Paulo e os demais apóstolos, é um tabernáculo espiritual está sendo construído pelo ministério do Espírito Santo.

O verdadeiro templo

O Templo do Seu Corpo

Logo no início do ministério terrestre de Jesus, durante um confronto com os judeus, o Senhor deixou claro que Ele mesmo era o verdadeiro Templo de Deus. O apóstolo João registrou:

"Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto?
Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias?
Mas ele falava do templo do seu corpo" (João 2:18-21).

O autor de Hebreus falou de Cristo como um sumo sacerdote que serviu em uma "tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos" (Hb 9:11). Quando o escritor de Hebreus passou a dizer: "Quer dizer, não desta criação," ele estava se referindo ao templo físico de Herodes, que ainda estava em pé na redação da letra hebraica.

O Templo do Espírito Santo

O apóstolo Paulo diz inequivocamente claro que o corpo do crente nascido de novo é a morada do Espírito de Deus. O verdadeiro templo de Deus não está limitada a um determinado edifício em uma localização geográfica na terra. "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e vós não sois de vós mesmos.

Porque fostes comprados por bom preço? Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e em seu espírito, que são de Deus” (I Coríntios. 6:19-20). "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos para vós sois o templo do Deus vivo;? Como Deus disse: Eu habitarei neles, e entre eles andarei, e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo "(II Coríntios. 6:16).

Nova Jerusalém

É extremamente importante na descrição que nos foi dada pelo apóstolo João "da cidade santa, a nova Jerusalém, que desce de Deus, do céu" (Ap 21:2) que não havia templo físico. Na verdade, ele registra: "E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro" (Apocalipse 21:22). João continua a dizer que "ouviu uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, e ele habitará com eles, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles, e será o seu Deus "(Ap 21:3).

Sendo que o verdadeiro templo de Deus, são os santos e as resgatadas do verdadeiro Israel, na cidade da Nova Jerusalém, que é construído apenas pelo Espírito Santo, não há necessidade de um templo terreno feito pelo homem a ser construído na cidade velha de Jerusalém. Se for construído, será apenas uma paródia do verdadeiro templo e Deus vai destruí-lo.



Fonte: Historicist
Site: www.superandoasheresias.blogspot.com.br

 

sábado, 15 de agosto de 2020

O Mito do “Literalismo Consistente”

 


O literalismo é considerado por muitos como um teste de ortodoxia – a única hermenêutica pela qual alguém pode interpretar e entender corretamente a Bíblia. Os pré-milenistas dispensacionalistas, que rejeitam outras visões escatológicas na crença de que elas tendem à “espiritualização”2 e “alegorização”, reivindicam a distinção de serem literalistas consistentes. Um autor que sustenta que esse literalismo é um método superior de interpretação, escreve: “Sou um dispensacionalista porque o dispensacionalismo em geral entende e aplica a Escritura – particularmente a Escritura profética – de uma forma mais consistente com a abordagem normal e literal que creio ser o desígnio de Deus para a interpretação da Escritura”. 

O que se quer dizer por “literalismo” aqui? Tradicionalmente, uma hermenêutica literal refere-se ao método gramático-histórico, isto é, interpretar a Bíblia como ela se apresenta. Hoje em dia, o uso da palavra “literal” pelos dispensacionalistas tende a significar o oposto de “figurado”. Essa tendência de negar interpretações figuradas é perseguida tão agressivamente que alguns dizem que o literalismo dispensacionalista é mais apropriadamente descrito como hiper-literalismo.

A convicção de uma abordagem superior e literalista para a interpretação da Bíblia pode levar à arrogância espiritual, produzindo um sentimento de infalibilidade. Certa pessoa observou: “Sendo anteriormente um dispensacionalista, eu estava mesmerizado com a hermenêutica literal, a forma na qual interpretávamos a Bíblia. Estava satisfeito com a confiança que esse princípio de interpretação era a pedra angular de qualquer abordagem verdadeira da Escritura, e o exibia diante de todos como o fundamento do método dispensacionalista. Essa abordagem ‘literal’ produziu em mim uma letargia tranqüila a tudo o que homens do pacto poderiam me dizer. Qualquer argumento que pudessem apresentar era desarmado de antemão com argumentos tais como esse: ‘Eles não advogam uma hermenêutica literal’.” 

Esse testemunho ilustra o grave perigo que o literalismo pode ser inadvertidamente considerado como um padrão de verdade superior ao da própria Bíblia. Ao invés de permitir a Escritura interpretar a Escritura, a Palavra de Deus é coada por meio de um filtro literalista sobre a Esse testemunho ilustra o grave perigo que o literalismo pode ser inadvertidamente considerado como um padrão de verdade superior ao da própria Bíblia. Ao invés de permitir a Escritura interpretar a Escritura, a Palavra de Deus é coada por meio de um filtro literalista sobre a pressuposição teológica que Deus evitou completamente a linguagem profética figurada. 

O Novo Testamento está cheio de exemplos onde pessoas erram ao falhar em reconhecer o uso de linguagem figurada por Jesus. Quando Jesus falou do templo de seu corpo (João 2:21), os judeus erraram ao pensar no templo físico e exigiram sua morte sobre a base dessa interpretação literal equivocada (Mt. 26:61). A interpretação literal de Nicodemos levou-o a perguntar se “nascer de novo” significava “tornar a entrar no ventre de sua mãe” (João 3:4). Quando Jesus falou de “uma fonte de água que salte para a vida eterna”, a mulher samaritana errou ao desejar um gole de água literal (João 4:10-15). Esses exemplos são suficientes para demonstrar que uma interpretação literal (não figurada) pode levar a conclusões equivocadas.  

O problema para os literalistas é que ninguém é um literalista estrito quando diz respeito à interpretação da Bíblia. Além do mais, visto que ninguém é um literalista estrito, ninguém pode definir o que é realmente “literalismo consistente”. 

Aqueles que avaliam as alegações de literalistas ficam impressionados com as inconsistências gritantes desse sistema. O.T. Allis observa: “Embora os dispensacionalistas sejam literalistas extremos, eles são muito inconsistentes. Eles são literalistas na interpretação de profecias. Mas na interpretação da história, levam o princípio da interpretação tipológica [simbólica] a um extremo que raramente tem sido excedido, mesmo pelo mais ardente dos alegoristas.” Um dos antigos dispensacionalistas mais influentes, C. I. Scofield, registrou que a escritura profética deveria ser interpretada com “literalidade absoluta”, enquanto a “escritura histórica tem um significado alegórico ou espiritual.” LaRondelle identifica corretamente essa abordagem à interpretação bíblica como uma “hermenêutica dupla inconsistente e conflitante.” Tão radical é a abordagem dos literalistas que Hughes expressa “medo que o método dispensacionalista de interpretação faça violência à unidade da Escritura.” Gerstner e outros têm comentado que a hermenêutica literal não determina a teologia dispensacionalista, mas sim a teologia dispensacionalista determina sua hermenêutica e o faz de maneira inconsistente. 

Embora certos literalistas afirmem que as profecias do Antigo Testamento com respeito à primeira vinda de Cristo foram todas cumpridas literalmente, outros têm demonstrado que essa afirmação é falsa. Somente 35% de tais profecias foram cumpridas de forma literal, sendo que o restante teve cumprimentos simbólicos ou analógicos. Outras inconsistências são numerosas demais para mencionar, mas foram abundantemente documentadas por Allis, Berkhof, Bahnsen e Gentry, Cox, Crenshaw and Gunn, Fuller, Gentry, Gerstner, Grenz, Hoekema, Hughes, LaRondelle, e outros.

Essas inconsistências têm feito muitos distanciarem-se do literalismo dispensacionalistas. Vários “dispensacionalistas progressivos” têm rejeitado “como inadequada a hermenêutica literalista estrita de pensadores antigos [e] não mais aderem à distinção rígida entre Israel e a igreja, mas colocam ambos sob o único programa de Deus para o mundo…”. Outros têm rejeitado o literalismo de seus predecessores como “muito simplista”. Essa confusão sobre o literalismo tem feito os dispensacionalistas debaterem entre si, buscando uma definição, e questionando os princípios básicos do seu sistema. 

S. Lewis Johnson resumiu o problema do literalismo rígido da seguinte forma: “Falhando em examinar a metodologia dos escritores bíblicos cuidadosamente, e quase ignorando as regras e princípios limitados das pressuposições da razão humana, temos tropeçado e perdido nossos marcos ao longo do caminho em direção ao entendimento da Sagrada Escritura. Scriptura sui ipsius interpres [A Escritura é a sua própria intérprete] é o princípio fundamental da interpretação bíblica.” 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Fonte: Credenda/Agenda, Volume 9, Nº 1.  

domingo, 26 de julho de 2020

Os Erros do Dispensacionalismo




O dispensacionalismo – uma vez conhecido como Darbyismo devido a John Nelson Darby (1800-1882), o fundador tanto do dispensacionalismo como dos Irmãos [ou Irmãos de Plymouth] – é o mais sério dos erros com respeito ao milênio. Ele não é apenas certo ensino sobre o milênio e o futuro, mas é também um sistema teológico errôneo. 

O nome dispensacionalismo vem do fato que a teoria divide a história em diferentes “dispensações”, em cada uma das quais Deus tem uma relação pactual diferente com os homens, que termina com a falha deles em cumprir os requerimentos de Deus. Estamos agora, de acordo com o dispensacionalismo clássico de Darby, na “era da igreja”, ou dispensação da graça, com somente mais uma dispensação porvir, a saber, a dispensação do reino.

Alguns dos erros do dispensacionalismo que já tratamos são os seus ensinos com respeito ao arrebatamento secreto, pré-milenar e prétribulacional e as múltiplas vindas de Cristo. 

Outros ensinos do dispensacionalismo que explicaremos mais tarde são sua crença em múltiplas ressurreições e julgamentos e sua interpretação literalista da Escritura, especialmente Apocalipse 20.  

Mais alguns erros flagrantes do dispensacionalismo tem a ver com seu uso incorreto da Escritura: 

Primeiro, o dispensacionalismo é um método falho de interpretar a Escritura. O resultado deste método é que todo o Antigo Testamento e algumas partes do Novo Testamento são aplicados aos judeus e nos é dito não haver nenhuma aplicação aos cristãos do Novo Testamento, exceto talvez como um objeto de curiosidade. As notas da Bíblia de Estudo Scofield ensinam, por exemplo, que o Sermão do Monte não é cristão, mas judeu. Contra isto, a Escritura ensina que toda Escritura é proveitosa (e aplicável) aos cristãos do Novo Testamento (João 10:35; 2Timóteo 3:16,17). Porque o dispensacionalismo nega isto, ele tem sido acusado de dividir erroneamente a Palavra da verdade, embora alegue o oposto. 

Segundo, o dispensacionalismo segue um literalismo estrito, que, como um escritor aponta, é realmente o literalismo dos fariseus, que não viram e não podiam ver que Cristo era um Rei espiritual, e assim, o crucificaram. Este literalismo estrito (embora inconsistentemente aplicado) e a sua oposição ao que os dispensacionalistas chamam de “espiritualização” também são contrários à Escritura (1Coríntios 2:12-15). Em muitas passagens a própria Escritura “espiritualiza” as coisas do Antigo Testamento, de maneira notável 1Pedro 2:5-9 e todo o livro de Hebreus. Devemos dizer que, embora a Escritura deva ser interpretada cuidadosa e sobriamente, há coisas que não podem ser tomadas literalmente, tal como a pedrinha branca de Apocalipse 2:17. 

É a oposição do dispensacionalismo à espiritualização que leva à sua negação do reino celestial e espiritual de Cristo. É a visão errônea das Escrituras adotada pelo dispensacionalismo que é a raiz de todos os seus erros. 


Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 299-300.  

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Sistemas Teológicos Comparados



Legenda: 

DISP – Dispensacionalismo 
DP- Dispensacionalismo Progressivo 
TP – Teologia do Pacto 
NTP – Nova Teologia do Pacto

Definição de Termos:

Israel Físico – a nação dos Judeus, descendeste físicos de Abraão através de Isaque e Jacó.

Israel Espiritual – os eleitos de Deus, todos aqueles em Cristo, quer judeu, quer gentio.
Igreja Universal – Israel espiritual, todos os eleitos de Deus de todos os tempos.

Igreja Visível – uma assembléia local de crentes batizados em Cristo, unidos pelo pacto para adoração e comunhão. 

1. Posição com respeito às Doutrinas da Graça:
DISP – Geralmente não Calvinista 
DP – Alguns não Calvinistas 
TP – Quase Sempre Calvinista 
NTP – Como o TP

2. Interpretação das Escrituras:
DISP – Interpretação Literal 
DP – Como o DISP 
TP - Literal ou Figurada, dependendo do contexto 
NTP – Como o TP 

3. "Analogia da Fé":
DISP – Não aceita a Analogia da Fé 
DP – Como o DISP 
TP – Usualmente aceitam a Analogia da Fé 
NTP – Como o TP 

4. Israel:
DISP – Descendentes físicos de Jacó 
DP – Como o TP 
TP – Descendentes físicos de Jacó, ou descendentes espirituais de Abraão, dependendo do contexto. 
NTP – Como o TP

5. Israel em Gálatas 6:16:
DISP – Descendentes físicos de Jacó somente 
DP – Descendentes físicos de Jacó que estão em Cristo (Judeus Crentes – físico e espiritual) 
TP – Israel Espiritual, paralelo a Gálatas 3:29; Romanos 2:28-29; 9:6; Filipenses 3:3 
NTP – Como o TP 

6. Israel e a Igreja:
DISP – Dois grupos distintos de povos de Deus com destinos separados 
DP – Como o TP. 
TP – Os eleitos de Deus que são “um povo”, a Igreja Universal que sempre existiu. 
NTP – No AT, os crentes são chamados simplesmente “o eleito de Israel”, não a Igreja. NTP não reconhece uma Igreja no AT, assim como no NT. Em Mateus 16:18, Jesus disse que Ele edificaria Sua Igreja. Há apenas um povo de Deus do qual o Israel natural era um prenúncio tipológico. Assim, a Igreja é o “Novo Israel”. 

7. Nascimento da Igreja:
DISP – Nasceu em Pentecoste, separada de Israel 
DP – A Igreja Visível nasceu em Pentecoste como uma extensão do programa de Deus para Israel 
TP – Nasceu no AT e atingiu a plenitude no NT 
NTP – Como o DISP 

8. Igreja na Profecia do AT:
DISP - Não, ela era um mistério, oculta até o NT 
DP – Como o TP 
TP - Sim, há muitas profecias diretas no AT sobre a Igreja do NT
NTP – Como o TP 

9. Israel na Profecia do AT:
DISP – Todas as profecias para Israel são para a nação e não tem nada a ver com a Igreja 
DP – Como o TP 
TP – Algumas profecias são para a nação de Israel, outras para o Israel espiritual 
NTP – Como o TP 

10. O Principal Propósito de Deus na História:
DISP – Israel Físico 
DP - "que na dispensação da plenitude dos tempos Ele tornará a congregar em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra – nEle” 
TP - Cristo, e por extensão a Igreja 
NTP – Como o TP 

11. A Igreja e o Programa de Deus:
DISP – A Igreja é uma parêntesis no programa no programa de Deus (um mistério) 
DP – A Igreja é uma parte progressiva e integral de Seu tratamento com o Israel físico 
TP – A Igreja é a culminação do propósito salvador de Deus através das eras 
NTP – Como o TP 

12. Os Verdadeiros Herdeiros do Pacto de Abraão:
DISP – Isaque e o Israel físico 
DP – Israel Físico e Espiritual, incluindo a Igreja 
TP - Cristo, a Semente, e portanto todos aqueles em Cristo (Israel espiritual) 
NTP – Como o TP 

13. Pacto da Redenção dentro da Trindade:
DISP – Não há tal pacto 
DP – Como o DISP 
TP – Este pacto efetuou a eleição 
NTP – Não tal pacto, mas houve um eterno decreto para a redenção dentro da Trindade (uma determinação e um plano para salvar) 

14. Pacto das Obras com Adão:
DISP - Não 
DP – Como o TP 
TP – Deus fez um pacto condicional de obras com Adão, como um representante para todos os seus descendentes naturais 
NTP - Não, mas Adão é um representante para todos os seus descendentes naturais 

15. Pacto de Graça concernente a Adão:
DISP - Não 
DP - Não 
TP – Deus fez um Pacto de Graça com Cristo e Seu povo, incluindo Adão 
NTP – Não crê no uso do termo “Pacto da Graça”, visto que o termo não é encontrado em qualquer lugar nas Escrituras. NTP crê que somente quando a Bíblia estipula que o Pacto foi “cortado” entre Deus e o homem, é que há uma razão Bíblica para se crer que isto tenha sido feito. Isto não é dizer que Deus não é gracioso com o homem em “cortar” um pacto com ele; mas que o termo em si nunca é encontrado nas Escrituras, e portanto não deve ser usado, especialmente quando descrevendo o Pacto Mosaico, que era uma lei pactual. 

16. Israel e o Pacto Mosaico:
DISP - Israel aceitou o Pacto no Sinal sem pensar muito 
DP – Como o TP 
TP - Israel tinha a intenção de aceitar o Pacto no Sinai 
NTP - Israel estava tão aterrorizado no Sinai que eles teriam aceito qualquer coisa 

17. O Novo Concerto e Israel:
DISP – Jeremias 31:31-34 é somente para o Israel físico 
DP – Somente para o Israel físico, mas a Igreja tem feito parte do Novo Concerto 
TP – O Novo Concerto de Jeremias 31 é o mesmo de Lucas 22:20, ambos são para o Israel espiritual de acordo com Hebreus 8 
NTP – Como o TP 

18. O Programa de Deus e as “Dispensações”:
DISP – Deus age através de separadas dispensações 
DP – Como o DISP 
TP – Deus age através de pactos separados, porém relacionados. 
NTP – Deus opera através de pactos separados, porém relacionados, mas o Novo Pacto cumpre ou traz para sua realização final todos os outros porque eles são todos realizados/cumpridos em Cristo. 

19. Salvação dos Santos do AT:
DISP – Alguns salvos pelas obras 
DP – Como o TP 
TP – Todos que foram salvos, foram salvos pela graça somente 
NTP – Como o TP 

20. Fé é Cristo como um Portador do Pecado:
DISP - Não 
DP – Como o TP 
TP – Todos que são salvos são salvos pela fé em Cristo como um Portador do Pecado 
NTP – Como o TP 

21. Os Sacrifícios do AT:
DISP – Os sacrifícios do AT não foram reconhecidos como o Evangelho ou tipos do Messias como portador do pecado, mas somente vistos como tal em retrospecto. 
DP – Como o TP 
TP – Os crentes do AT creram no Evangelho do Messias como portador do pecado, principalmente pelos sacrifícios como tipos e profecias. 
NTP – Como o TP 

22. Habitação do Espírito Santo:
DISP – Habita somente os crentes na Dispensação da Graça, não no AT ou depois do rapto 
DP – Como o DISP 
TP – Habita todos os crentes em todas as eras, nunca retrocendendo 
NTP – Crê que a habitação não foi a mesma como no tempo da Igreja. Em João 13:16-18, Jesus disse que Ele enviaria o consolador para que Ele pudesse “habitar” (viver) com eles para sempre. Se o Espírito Santo já “habitasse” com eles, como a Igreja depois do Pentecoste, então esta promessa não significa nada. 

23. O Reino de Deus e Israel:
DISP - Jesus ofereceu o Reino literal para o Israel fisico, mas a oferta foi rejeitada e portanto postergada 
DP - Jesus ofereceu o Reino literal para o Israel físico. Somente um pequeno remanescente o aceitou. A nação física de Israel virá a crer e será feita uma parte do Reino literal no Reinado Milenial. 
TP - Jesus ofereceu um Reinado espiritual que foi rejeitado pelo Israel físico mas tem sido gradualmente aceito pelo Israel espiritual. 
NTP – Como o TP 

24. Os Crentes do AT e o Corpo/Noiva de Cristo:
DISP – Os crentes do AT não estavam em Cristo, e portanto não tinham parte no Corpo/Noiva 
DP – Como o TP 
TP – Os crentes em todas as eras estão em Cristo e fazem parte do Corpo/Noiva 
NTP – Como o TP, exceto que eles não vêem a igreja existindo antes do Pentecoste. 

25. Lei do AT:
DISP – A Lei do AT foi abolida por Cristo. O Israel Físico estará debaixo da Lei após o rapto 
DP – Como o DISP 
TP – A Lei do AT serve para 3 propósitos: 1) restringir pecado na sociedade, 2) conduzir a Cristo, e 3) para instrução na piedade. A lei cerimonial e civil foi abolida. A lei moral continua em vigor. 
NTP – A Lei do AT é obrigatória somente a medida que é interpretada, aplicada, e em alguns casos até mesmo expandida no NT. A Lei do AT é para servir com um tutor, expondo nossa pecaminosidade e nossa necessidade de um Salvador. Cristo é afirmado com sendo “O Novo Doador da Lei”, como oposto a Moisés que foi “O Antigo Doador da Lei”. 

26. A Lei do AT e a Igreja:
DISP – As leis do AT estão em vigor somente se forem repetidas no NT 
DP – Como o DISP 
TP – As leis do AT estão em vigor, a menos que ab-rogadas 
NTP – As leis do AT estão em vigor a medida que reiteradas por Jesus e pelos escritores neo-testamentários 

27. O Reino de Deus:
DISP – O Reino Milenial é o Reino de Deus 
DP – Como o DISP 
TP – A Igreja é o Reino de Deus 
NTP – A Igreja desde o Pentecoste é o Reino de Deus 

28. Reino Milenial:
DISP – Mil anos literais na terra – pré-milenistas 
DP – Como o DISP 
TP – O reino milenial é um figura para a era atual – amilenistas, alguns pós-milenistas, uns poucos pré-milenistas 
NTP – Como o TP 

29. Sacrifício do AT:
DISP – restaurado no reino Milenial como um memorial 
DP – Como o TP 
TP – cumprido em Cristo e para sempre substituído por Ele 
NTP – Como o TP 

30. O Futuro de Israel:
DISP – Israel Físico tem um futuro 
DP – Como o DISP 
TP – Alguns sustentam um futuro para o Israel físico, mas a maioria não 
NTP – Como o TP 

31. O Milênio e o Pacto com Abraão:
DISP – O Milênio é o cumprimento do Pacto Abraâmico 
DP – Como o DISP 
TP – Cristo cumpriu o Pacto Abraâmico 
NTP – Como o TP 

32. O Trono de Davi:
DISP – Jesus sentará no trono de Davi durante o Milênio, os santos reinando com Ele 
DP - Jesus está sentado no trono de Davi agora à destra do Pai 
TP – Cristo senta-se sobre o Trono do Céu. Os santos reinam sob Ele em espírito 
NTP – Como o TP 

33. Batismo:
DISP – Batismo dos crentes e alguns dispensacionalistas Presbiterianos que batizam infantes 
DP – Como o DISP 
TP – A maioria abraça o batismo infantil, exceto os Batistas que são Pactuais 
NTP – Batismo dos crentes somente 

Análise:


Número de posições únicas para cada sistema: 
(somente este sistema sustenta a crença na questão) 
DISP - 20 
DP - 8 
TP - 9 
NTP - 4 

Número de vezes quando há acordo entre os sistemas: 
DISP e DP - 13 
DISP e TP - 0 
DISP e NTP - 3 
DP e TP - 11 
DP e NTP - 10 
TP e NTP - 20



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O Templo de Ezequiel será construído na terra?



Muitas  pessoas  acreditam  que  estes  capítulos  apresentam  a  planta  para  um  templo  que ainda  será  construído.  Ensinam  que  este  templo  existirá  durante  um  reino  de  1.000  anos no qual, conforme  a  doutrina  do  pré-milenarismo, Jesus  reinará  aqui  na  terra.    

Mas  uma  análise  cuidadosa  do  texto  nos  mostra  que  Ezequiel  não  falou  de  um  templo literal  que  ainda  está  por  vir.  Há  vários  motivos  para  rejeitar  a  interpretação  literal destes  capítulos: 

  • Estes  capítulos  falam  de  sacerdotes  levitas  que  servem  no  santuário  (44:15-16; 48:11).  Se  aceitarmos  uma  interpretação  literal  deste  sacerdócio  para  um  futuro templo,  cairíamos  em  contradição  de  vários  ensinamentos  do  Novo  Testamento. Os  cristãos  –  judeus  e  gentios  –  fazem  parte  do  sacerdócio  santo  (1  Pedro  2:5). Jesus,  que  não  é  levita,  é  o  sumo  sacerdote  para  sempre  (Hebreus  7:11-14,21). “Ora,  se  ele  estivesse  na  terra,  nem  mesmo  sacerdote  seria...”  (Hebreus  8:4). Aplicar  a  profecia  de  Ezequiel  a  um  templo  literal  futuro  nega  o  sacerdócio  dos crentes  e, pior, nega  o sacerdócio de  Jesus! 

  • Estes  capítulos  falam  das  celebrações  anuais,  mensais  e  semanais  da  Antiga Aliança  (45:18  -  46:8).  Paulo  claramente  ensinou  que  estes  dias  especiais pertenciam  à  sombra  das  coisas  anteriores,  e  não  à  luz  do  evangelho (Colossenses  2:16-17).  Uma  interpretação  literal  das  visões  de  Ezequiel  inclui uma  volta  à  sombra!  Quem  fizesse  isso  abandonaria  a  luz  da  graça  de  Cristo (Gálatas  5:4). 

  • Estes  capítulos  falam  claramente  de  sacrifícios  de  animais  “pelo  pecado  e  pela culpa”  (40:38-43;  45:18-25;  46:1-15).  A  aplicação  literal  a  um  templo  futuro enfrenta  o  problema  sério  de  defender  sacrifícios  de  animais  pelo  pecado milhares  de  anos  depois  da  morte  de  Jesus.  Se  aceitar  esta  noção  de  sacrifícios literais,  estaria  negando  a  eficácia  e  a  suficiência  do  único  sacrifício  de  Jesus Cristo  (Hebreus  9:11-15,24-28;  10:1-18).  Se  afirmar  que  os  sacrifícios  em Ezequiel  são  simbólicos, o  sistema  de  interpretação  literal  começa  a  desmoronar. Se  os  sacrifícios  são  simbólicos,  as  medidas  podem  ser  simbólicas  e  o  próprio templo pode  ser  simbólico.    De  fato,  o  que  Ezequiel  falou  sobre  os  sacerdotes,  as  festas,  os  sacrifícios  e  sobre  o próprio  templo  serve  para  representar,  simbolicamente,  a  comunhão  que  os  cristãos  têm atualmente  em  Cristo,  no  reino  que  já  existe  (Colossenses  1:13).  É  errado  usar  este trecho para  ensinar  sobre  um  reino e  um  templo aqui  na  terra  no  futuro.