google.com, pub-7873333098207459, DIRECT, f08c47fec0942fa0 google.com, pub-7873333098207459, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Escatologia Reformada

domingo, 21 de março de 2021

Qual a Distinção Entre Preterismo e Pós-Milenismo?




De tempos em tempos, recebo uma pergunta sobre a diferença entre preterismo e pós-milenismo. Algumas pessoas estão confusas quanto a se contradizerem ou se estão falando da mesma coisa. Permitam-me distinguir brevemente os dois conceitos teológicos.

Preterismo

A palavra “preterista” é a transliteração de uma palavra latina que significa “passou por”. O preterista ortodoxo vê certas passagens como se referindo à destruição de Jerusalém e do templo no ano 70 d.C., embora muitos evangélicos entendam que estas estão falando da segunda vinda de Cristo no final da história.

A segunda vinda e o julgamento de Cristo em Jerusalém no ano 70 d.C. são frequentemente mencionados com linguagem semelhante. Isso ocorre porque esses são conceitos teologicamente relacionados. O holocausto de 70 d.C. é uma imagem microcósmica do último dia da história em que Cristo retorna em julgamento. Ou seja, o ano 70 d.C. é um quadro pequeno, histórico ou amostra avançada de como será o julgamento final.

O preterismo não tem necessariamente a ver com o pós-milenismo. Existem pós-milenistas preteristas e pós-milenistas historicistas. Ambas são verdadeiras formas de pós-milenismo. Também existem amilenistas preteristas. Assim, o preterismo não se compromete com nenhum sistema escatológico específico.

O preterismo é mais uma ferramenta hermenêutica do que uma teologia. Ou seja, nos ajuda a entender certas passagens sem nos comprometer com nenhuma escatologia específica.

Pós-milenismo

O pós-milenismo é uma posição teológica sobre “as últimas coisas” que devem ocorrer no final da história, uma escola escatológica de pensamento. O pós-milenismo é um sistema escatológico otimista que acredita que o reino de Cristo está atualmente presente na história e gradualmente conquistará um influente domínio sobre homens e nações, à medida que o evangelho progride mais plenamente no mundo.

O pós-milenismo mantém uma única vinda final de Cristo (sem arrebatamento separado), uma ressurreição geral dos salvos e perdidos simultaneamente e um julgamento geral dos salvos e perdidos em um único cenário.

Assim, o pós-milenismo procura a crescente influência do evangelho na história antes que o fim chegue. Após um longo período de domínio, Cristo retornará para ressuscitar e julgar todos os homens e terminar a história, enquanto estabelece a ordem eterna e consumada.

Conclusão

Portanto, preterismo e pós-milenismo são conceitos completamente diferentes. O preterismo é basicamente uma hermenêutica, enquanto o pós-milenismo é um sistema teológico. Eles podem ocorrer simultaneamente na visão de mundo de alguém ou podem ser encontrados em diferentes sistemas de pensamento.

Tradução: Alan Kleber Rocha
Fonte: https://postmillennialworldview.com



 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Os Mil Anos



Como muitos outros números em Apocalipse, o “1.000” é um número simbólico, grande e arredondado. Enquanto sete conota uma plenitude de qualidade nas figuras bíblicas, o número dez contém a ideia de plenitude de quantidade; em outras palavras, ele representa os muitos. Mil multiplica e intensifica isso (10 x 10 x 10), e é usado na Escritura da mesma forma que nós, com uma mentalidade inflacionária, usamos o termo milhão. “Eu te falei isso um milhão de vezes!” (Talvez os “literalistas” nunca falem dessa forma, mas estou certo que o restante de nós o faz ocasionalmente). Contudo, existe uma diferença. Quando a Bíblia fala de 1.000, não é realmente com o propósito de exagero, como fazemos, mas simplesmente para expressar grande vastidão. Assim, Deus reivindica possuir “o gado sobre mil colinas” (Sl. 50:10).2 A colina nº. 1.001 pertence a alguém outro? Certamente não. Deus é o dono de todos os gados sobre todas as colinas. Mas ele diz “mil” para indicar que existem muitas colinas, e muito gado. (Para alguns usos similares de 1.000, veja Dt. 1:11; 7:9; Sl. 68:17; 84:10; 90:4.) Da mesma forma – particularmente com respeito a um livro altamente simbólico – deveríamos ver que os “1.000 anos” de Apocalipse 20 representam um período de tempo vasto e indefinido. Ele já durou quase 2.000 anos, e provavelmente continuará por muito mais tempo. “Exatamente quantos anos?”, alguém me perguntou. “Ficarei feliz em lhe dizer”, respondi alegremente, “tão logo você me diga exatamente quantas colinas existem no Salmo 50”. 

De acordo com alguns, o Reino de Cristo começará somente quando ele retornar na Segunda Vinda; então, eles dizem, Jesus Cristo residirá de fato em Jerusalém, onde haverá um Templo restaurado e ativo, com sacrifícios reais – às vezes me pergunto se essas queridas pessoas alguma vez já leram o Novo Testamento! Nenhuma dessas ideias está contida neste texto (ou em qualquer outro, pra falar a verdade). Como temos repetidamente visto, Jesus Cristo está reinando agora (Atos 2:29-36; Ap. 1:5), e ele permanecerá no céu até o Julgamento Final (Atos 3:2). 

Os tronos em Apocalipse 20:4 representam o reino dos santos, os fiéis que são vitoriosos sobre o Dragão e a Besta (Ap. 12:9-11). Nosso reinado está acontecendo agora, sobre esta Terra (Mt. 19:28; Lucas 18:28-30; 22:29-30; Ef. 2:6), e a extensão do nosso reinado coincide com o progresso do evangelho. À medida que ele cresce, assim o faz também o domínio dos cristãos. Os dois andam juntos, como Jesus declarou em sua Grande Comissão (Mt. 2:18-20): devemos ensinar e discipular as nações, e à medida que elas são discipuladas nos mandamentos da Palavra de Deus, os limites do Reino expandirão. No final, através do evangelismo, o reino dos cristãos se tornará tão extensivo que “a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Is. 11:9). As bênçãos Edênicas abundarão por todo o mundo à medida que a lei de Deus for crescentemente obedecida (Lv. 26:3-13; Dt. 28:1-14). Que tremendo motivo para o evangelismo mundial! De fato, essa visão da conversão mundial tem sido a inspiração básica para a atividade missionária por toda a história da Igreja, particularmente desde a Reforma Protestante (para documentação para isso, veja o excelente livro de Iain Murray, The Puritan Hope: Revival and the Interpretation of Prophecy). 


Fonte: Paradise Restored, David Chilton, p. 199-200.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

 

sábado, 23 de janeiro de 2021

Os Últimos Dias



Segundo os preteristas, os últimos dias se referem ao tempo entre o advento de João Batista e a destruição de Jerusalém.

A proximidade dos últimos dias para os apóstolos 

Os evangelhos 

Mt. 10.23 Não acabarei [os doze] de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem. 

Mt. 26.64 Vereis [o sumo sacerdote] o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. 

As cartas de Paulo 

Rm. 13.11,12 Já é hora de vos despertardes do sono (…) 

Vai alta a noite, e vem chegando o dia. 

1Co. 7.31 A aparência deste mundo passa. 

1Co. 10.11 Os fins dos séculos tem chegado. 

Fp. 4.5 Perto está o Senhor. 

Cartas gerais 

Tiago 5.8,9 A vinda do Senhor está próxima (…) Eis que o juiz está às portas. 

1Pedro 4.7 O fim de todas as coisas está próximo. 
1João 2.18 Já é a última hora (…) conhecemos que é a última hora.

O livro de Apocalipse 

1.1 Revelação de Jesus Cristo (…) [mostra] as coisas que em breve devem acontecer. 

1.3 O tempo está próximo. 

3.11 Venho sem demora. 

22.6,7 O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. 
22.10 O tempo está próximo. 
22.12 E eis que venho sem demora. 
22.20 Certamente, venho sem demora. 

Esse “eschaton” não se refere a um tempo em um futuro distante, mas a um tempo iminente. Gary DeMar resume as passagens relevantes do Novo Testamento que enfatizam a extrema proximidade dos eventos previstos: 

Algum evento cateclísmo pairava no horizonte, e a igreja do primeiro século estava sendo advertida a se preparar para isso. Não há como esconder essa linguagem e a conclusão final de que muitos dos versículos nos quais se acreditam que ainda estão por cumpri já se cumpriram… 

1. “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem” (Mt. 10.22,23, grifo nosso). 

2. “Respondeu-lhe [ao sumo sacerdote] Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mt. 26.64, grifo nosso). 

3. “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm. 13.11). 

4. “Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Rm. 13.12, grifo nosso).  

5. “Porque a aparência deste mundo passa” (1Co. 7.31, grifo nosso). 

6. “Estas coisas lhes [a Israel] sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1Co. 10.11, grifo nosso). 

7. “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor” (Fp. 4.5, grifo nosso). 

8. “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações” (1Pe. 4.7, grifo nosso). 

9. “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg. 5.8,9, grifo nosso). 

10. “Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora” (1Jo. 2.18, grifo nosso). 

11. “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer (…)” (Ap. 1.1, grifo nosso). 

12. “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap. 1.3, grifo nosso). 

13. “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap. 3.11, grifo nosso). 

14. “Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Ap. 22.6, grifo nosso). 

15. “Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap. 22.7, grifo nosso). 

16. “Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo” (Ap. 22.10, grifo nosso). Compare este versículo com Daniel 12.24, onde lhe é ordenado “sela o livro, até ao tempo do fim”. 

17. “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap. 22.12, grifo nosso, cf. Mt. 16.27). 

18. “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22.20, grifo nosso). 

Essas passagens e muitas outras como essas nos dizem que um evento escatológico importante estava para acontecer durante a vida daqueles que ouviram e leram as profecias. 

As passagens relacionadas por DeMar estão entre aquelas que levaram estudiosos altamente críticos a se tornam céticos quanto ao Novo Testamento e a verem no Novo Testamento tentativas de ajustar a narrativa ao relato de profecias não cumpridas e ao adiantamento da parúsia. Quando essas passagens estão agrupadas como fez DeMar, sugerem fortemente um cumprimento em um tempo próximo. Algumas delas podem ser mais facilmente manipuladas do que outras. Por exemplo, a passagem número 2 (Mt. 26.64), que atribui as palavras de Jesus a Pôncio Pilatos, deve se referir a um futuro indefinido. O fato de Pilatos “ver” a vinda de Cristo “desde agora” não exige que haja um cumprimento no 1° século. 

Uma das passagens mais importantes citadas acima, entretanto, é a de número 6 (1Co. 10.11). Nela são mencionados “os fins dos séculos” que sobrevieram aos judeus. Esse texto apoia a tese de que “a consumação do século” significa “o fim da era judaica”. Russel enfatiza grandemente esse texto: 

As expressões “os fins dos séculos” [ta tele ton aionos] são equivalentes à “consumação do século” [e sunteleia tou aionos] e a “o fim” [to telos]. Todas se referem ao mesmo período, a saber, ao término da era judaica, ou dispensação, que estava próximo (…) 

Algumas vezes, diz-se que todo o período compreendido entre a encarnação e o fim do mundo é considerado no Novo Testamento como “a consumação do século”. Porém, tal afirmação, logo de início, produz uma incongruência flagrante. Como poderia o fim de um período ter uma duração tão longa e prolongada? E principalmente, como poderia ser mais longo do que o período do qual é o fim? Já se passou mais tempo desde a encarnação de Cristo do que desde o anúncio da lei da primeira vinda de Cristo: assim, baseado nessa hipótese, a consumação do século é bem mais longa do que o próprio século. 


Fonte: Os Últimos Dias Segundo Jesus, R. C. Sproul, Cultura Cristã, pp. 72-76. 

 

domingo, 17 de janeiro de 2021

Proposições sobre o Israel de Deus



Proposição n.º 1
A igreja de Jesus Cristo, abrangendo os eleitos de Deus de ascendência tanto judaica quanto cristã, é uma parte do Reino messiânico de Cristo, embora não esgote as dimensões desse Reino.

Proposição n.º 2
O Estado judaico moderno não faz parte do Reino messiânico de Jesus Cristo. Embora se possa afirmar que esse governo civil, em especial, surgiu sob a soberania do Deus da Bíblia, seria uma negação da afirmação de Jesus de que seu Reino "não é deste mundo" (Jo 18:36) afirmar que esse governo faz parte de seu Reino messiânico.

Proposição n.º 3
Não se pode definir, por meio das Escrituras, que o nascimento do Estado moderno de Israel seja um precursor profético da conversão maciça do povo judeu.

Proposição n.º 4
A terra da Bíblia foi usada num papel tipológico como modelo de realização consumada dos propósitos de Deus para seu povo redimido que abrange a totalidade do cosmos. Por causa do âmbito naturalmente limitado da terra da Bíblia, não se considera que ela tenha uma importância contínua no plano da redenção que não seja sua função de modelo de ensino.

Proposição n.º 5
Mais do que entender as predições sobre o "retorno" de "Israel" à "terra" como um restabelecimento geopolítico do Estado de Israel, uma interpretação melhor dessas profecias mostra que elas encontram seu cumprimento consumado na "restauração de todas as coisas" que acompanharão a ressurreição dos crentes no retorno de Cristo (At 3:21; Rm 8:22,23).

Proposição n.º 6
Nenhum sacerdócio restabelecido e nenhum sistema sacrificial reinstituído jamais serão introduzidos a fim de proporcionar um suplemento apropriado ao sacerdócio atualmente estabelecido de Jesus Cristo e a seu sacrifício final.

Proposição n.º 7
Nenhuma prática de adoração que coloque os crentes judeus numa categoria diferente dos crentes gentios pode ser considerada uma forma legítima de adoração entre o povo redimido de Deus.

Proposição n.º 8
O futuro Reino messiânico deve incluir como cidadãos de igual importância crentes tanto judeus quanto gentios, inclusive ao ser incorporados igualmente na manifestação presente do Reino de Cristo.

Proposição n.º 9
A futura manifestação do Reino messiânico de Cristo não pode incluir um aspecto particularmente judeu que distinga as pessoas e as práticas dos crentes judeus das de seus irmãos gentios.

Proposição n.º 10
O futuro Reino messiânico abrangerá igualmente a totalidade do cosmos recém-criado e não experimentará uma manifestação especial de qualquer natureza na região da "terra prometida".

Proposição n.º 11
Os crentes gentios devem diligentemente buscar uma comunhão eclesiástica unificada com os crentes judeus, regozijando-se quando estes forem enxertados em Cristo e, em consequência, trouxer uma imensa bênção ao mundo.

Proposição n.º 12
Os crentes judeus devem diligentemente buscar uma comunhão eclesiástica unificada com os crentes gentios, regozijando-se com o propósito de Deus de trazer mais judeus para a fé em Jesus como seu Messias, provocando neles o ciúme pela bênção dos crentes gentios.

Fonte: amilenismo.com 
 

sábado, 9 de janeiro de 2021

Esta Geração ou Esta Raça?



Vários modelos interpretativos são oferecidos para evitar a inescapável conclusão que “esta geração” de Mateus 24:34 refere-se à geração a quem Jesus estava falando. Traduzir “esta geração” como “esta raça judia” tem sido uma interpretação popular por muitos anos. Adam Clarke,2 em seu comentário sobre Mateus, publicado primeiramente em 1810 como parte de uma grande obra sobre toda a Bíblia, toma a posição de que a palavra grega para “geração” (genea) deveria ser traduzida como “raça”. Ele não oferece nenhum suporte exegético para sua opinião. Nenhuma referência cruzada é listada. Mesmo assim, Clarke ainda mantém que todos os eventos profetizados por Jesus em Mateus 24 foram cumpridos nos eventos que culminaram e incluíram a destruição de Jerusalém em 70 d.C. 

Este capítulo contém uma predição da destruição absoluta da cidade e do templo de Jerusalém, e a subversão de toda a constituição política dos judeus; e é uma das porções mais valiosas das Escrituras da nova aliança, no que diz respeito à evidência que fornece da verdade do Cristianismo. Tudo o que o nosso Senhor predisse que deveria acontecer com o templo, a cidade e o povo dos judeus, foi cumprido da maneira mais correta e surpreendente…

“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.” (Mateus 24:34) 

Com este versículo somos trazidos a um círculo fechado. De uma maneira direta, Jesus deixa claro que todos os eventos delineados nos versículos precedentes seriam cumpridos antes que essa geração do primeiro século passasse. 

O Salvador expressou essas palavras em conexão com a profecia quanto ao sofrimento do povo judeu e a destruição de Jerusalém. Suas palavras significam que, antes que a geração então viva morresse, essas coisas ocorreriam. E isso foi exatamente o que aconteceu. Perto do fim de 70 d.C. (isto é, uns quarenta anos após Jesus expressar essas palavras), tudo predito por ele nos versículos 10-24 [de Lucas 21] em conexão com os eventos antes e durante a destruição de Jerusalém já tinha sido cumprido – o templo foi destruído até a última pedra, toda a Jerusalém estava em ruínas, o povo judeu foi assassinado às centenas de milhares… e levado em cativeiro.

Mateus 24:34 é, nas palavras de J. Marcellus Kik, “a chave para Mateus 24.” O relato do Sermão do Monte das Oliveiras por Lucas confirma que a geração que Jesus tinha em mente era a geração a quem ele estava falando: “Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e estar em pé diante do Filho do homem” (Lucas 21:36, NVI). Uma vez que determinamos o significado de “vocês”, podemos resolver o significado “desta geração”. Claramente, Lucas 21:36 refere-se àqueles a quem Jesus falou, o mesmo grupo ao qual Jesus mandou estar “sempre alerta” e orar. Jesus confirmou a proximidade do cumprimento dos eventos ao dizer aos seus ouvintes que o cataclisma estava “para acontecer”. Sem um entendimento correto do elemento tempo no texto, os videntes proféticos sempre acharão em Mateus 24 um campo fértil para especulação maluca. 

Geração como “Raça” 


Uma forma de eliminar o problema quanto ao tempo é traduzir a palavra grega genea como “raça”, ao invés de geração. Escritores contemporâneos que traduzem genea como “raça” invariavelmente apóiam sua visão alegando que os eventos descritos em Mateus 24 não foram cumpridos em 70 d.C. Arno C. Gaebelein escreve: “O versículo 34 tem sido uma dificuldade para muitos. A palavra geração não significa o povo que estava então vivo; ela tem o significado de ‘esta raça’. A raça judia não poderia desaparecer até que todas essas coisas fossem cumpridas.”6 Numa nota de rodapé sobre “esta raça”, Gaebelein escreve: “Assim como em 1 Pedro 2:9, ‘uma geração eleita’, isto é, classe de pessoas.” Uma comparação do grego em 1 Pedro 2:9 mostrará que genos (raça) é usado, não genea (geração). Pedro fala de uma “raça” eleita, não de uma “geração” eleita. 

Existem ainda alguns comentaristas que afirmam que genea deveria ser traduzido como “raça”, mas oferecem pouca ou nenhuma evidência exegética para apoiar sua alegação. J. Dwight Pentecost, um pré-milenista dispensacionalista, chama a tradução de genea como “raça” de a “melhor explicação” sem oferecer qualquer defesa exegética.8 William Hendriksen, um amilenista, apresenta um fraco argumento exegético para genea ser traduzida como “raça”. O erro mais sério do método de Hendriksen é que ele não compara o uso de genea em Mateus 24:34 com como genea é usada em outros lugares no próprio evangelho de Mateus.

Traduzir “esta geração” como “esta raça de pessoas” ganhou popularidade através das notas da Bíblia de Referência Scofield. A Nova Bíblia de Referência Scofield (1967), retém uma versão modificada da nota da primeira edição. Visto que milhões de estudantes da Bíblia têm usado as notas da Scofield em seu estudo da Bíblia, é necessário que façamos um estudo completo da posição. 

Seguindo a linha de Scofield, o texto deveria ser lido assim: a “nação ou família de Israel será preservada ‘até que todas estas coisas se cumpram’.” Para Scofield, a palavra grega genea tem a “definição primária” de “raça, tipo, família, descendência, linhagem.” Se essa é a tradução e interpretação apropriada, Mateus 24:34 seria o único lugar na Bíblia onde genea tem esse significado. Para apoiar sua posição, Scofield alega que todos os léxicos gregos concordam que genea significa “raça”. Scofield escreve: 

A palavra grega genea, traduzida como “geração”, significa primariamente (como de fato a palavra inglesa) “raça, tipo, família, descendência, linhagem” (Webster); “Uma era, raça ou geração de homens” (Greenfield); “Homens da mesma descendência, uma família” (Thayer). Portanto, interpretar assim a passagem é simplesmente dar a ela o seu significado natural não forçado.

 

Nem todos os léxicos concordam! Scofield lista o Greek-English Lexicon of the New Testament de Thayer como uma autoridade para apoiar sua alegação de que genea em Mateus 24:34 deveria ser traduzida como “raça”. Thayer, contrário a Scofield, apresenta a seguinte definição de genea: “a multidão inteira de homens vivendo ao mesmo tempo: Mt. xxiv.34; Mc. xiii.30; Lucas i.48.”11 Thayer cita Mateus 24:34 e Marcos 13:30 em suporte de traduzir genea como “geração”. Thayer não aplica a tradução “raça” a Mateus 24:34. Uma pesquisa em outros léxicos e dicionários teológicos mostrará que genea é traduzida como “geração” – “aqueles vivendo ao mesmo tempo” – e não “raça”. 
  • “Essa geração deve ser entendida temporalmente.” · 
  • “Em Mateus ela tem o significado de esta geração, e de acordo com o primeiro evangelista, Jesus esperava o fim desta era… ocorrer em conexão com o julgamento sobre Jerusalém no fim daquela primeira geração (veja Mc. 9:1 e Mt. 16:18).” 
  • “Geração’ é a tradução mais provável de genea.” 
“O significado nação é advogado por alguns em Mateus 24:34; Mc. 13:30; Lc. 21:23; mas veja também 2.2. basicamente, a soma total daqueles nascidos no mesmo tempo, expandido para incluir todos aqueles vivos num determinado tempo, geração, contemporâneos.”15 Nesse léxico, o mais amplamente usado hoje, Mateus 24:34 é empregado como uma referência em suporte de traduzir genea como “geração”, e não “raça”.  

A palavra grega genos, ao contrário de genea, é melhor traduzida como “raça” (veja Marcos 7:26; Atos 4:36; 7:19; 13:26; 17:28; 18:24; 2Co. 11:26; Gl. 1:14; Fp. 3:5; 1 Pedro 2:9). “Parece improvável que todos os três evangelistas teriam falhado em usar esta palavra se essa era a ideia que queriam transmitir.”

Mesmo após considerar toda essa evidência contrária, alguns ainda alegam que genea deveria ser traduzida como “raça”. Por exemplo, Atos 2:40 é oferecido como suporte: “E com muitas outras palavras, ele [Pedro] solenemente testificou e continuou exortando-os, dizendo, ‘salvai-vos desta geração perversa!’”. Pedro, um judeu, está dizendo aos seus companheiros udeus para se achegaram a Cristo porque é “esta geração”, a geração da qual ele é parte, que encontrará a ira de Deus quando o tempo e a cidade forem destruídas. Por que Pedro, um judeu, chamaria sua própria raça de “perversa”? Não há nada perverso sobre os judeus como uma raça de pessoas. Pedro permaneceu um judeu étnico após se tornar um cristão. Como Mateus 24:22 e 24 declaram, somente os eleitos – a maioria dos quais eram judeus – seriam salvos da tribulação que ocorreria antes da sua geração passar.

Hebreus 3:10 é algumas vezes usado em suporte de traduzir genea como “raça”, mas na realidade refere-se à simples geração de judeus que peregrinou no deserto por quarenta anos: “Onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração…” Esse versículo se encaixa muito bem como genea sendo traduzida como “geração”, ao invés de “raça”, especialmente à luz do fato que uma geração tem quarenta anos, a quantia de tempo que transcorreu entre o Sermão do Monte das Oliveiras em 30 d.C. e a destruição de Jerusalém em 70 d.C. 

Quase todas as traduções da Bíblia traduzem genea como “geração”. A versão King James, American Standard (1901), New English Bible, Revised Standard, New King James, New Berkeley Version, Bíblia de Jerusalém, New Internacional,17 e a New American Standar traduzem genea como geração. Se genea deveria ser traduzida como “raça”, então por que os tradutores não a traduzem como “raça”? Até mesmo Hal Lindsey admite que genea não deveria ser traduzida como “raça”. 

ETERNITY: Você não acha que o termo significa simplesmente a raça do povo? 

LINDSEY: Não, pois o contexto não está falando sobre uma raça, mas sobre tempo. O contexto, e eu já debati isso com muitas pessoas, incluindo Earl Radmacher, está lidando com um tempo geral ou ele não teria nenhum significado. Somente o terceiro significado da palavra no léxico grego é “raça”. Esse é um uso muito incomum dessa palavra.

 

Geração não significa “raça” no inglês [nem no português!], como Scofield insiste. O American Dictionary of the English Language de 1828, de Noah Webster, define “geração” como “uma simples sucessão na descendência natural, como os filhos dos mesmos pais; por conseguinte, uma era. Assim, dizemos a terceira, a quarta, a décima geração. Gênesis xv.16. As pessoas do mesmo período, ou vivendo ao mesmo tempo: ‘Ó geração incrédula e perversa.’ Lucas ix.” Noah Webster lista “raça” como o sexto significado possível. O The Shorter Oxford English Dictionary (edição de 1968) lista “raça” como o último significado possível. O uso contemporâneo também milita contra usar “geração” como um sinônimo para raça. Quando falamos de um “generation gap”,19 não queremos dizer um hiato entre raças. Uma “generation gap” é um intervalo de tempo que existe entre dois grupos de pessoas que viveram em eras diferentes. A palavra grega genea, em seu “significado natural não forçado”, quando se comparando Escritura com Escritura, significa “geração”. E no caso de Mateus 24:34, a geração a quem Jesus estava falando. Isso significa que a profecia entregue por Jesus sobre o Monte das Oliveiras é agora história. 


Fonte: Last Day Madness, Gary DeMar, p. 183-188. 

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto  



 

domingo, 27 de dezembro de 2020

Ainda não é o Fim!


Não poucos cristãos ficam alarmados diante das tragédias dos nossos dias. Quer estejamos falando de catástrofes naturais, como o tsunami, ou de decadência moral, como a legalização do “casamento” homossexual, tais acontecimentos são vistos pelo povo de Deus como “sinais dos tempos”, como uma prova de que o fim do mundo está próximo. Tais cristãos, como diria o falecido Greg Bahnsen, fazem exegese de jornal, em vez de exegese das Escrituras, a única fonte segura acerca do futuro da humanidade.

Não sabemos quando Jesus voltará. Tragédias como essas e outras bem piores já aconteceram ao longo da história da humanidade, e foram superadas, com a graça a Deus. O nazismo é um dos mais claros exemplos. Muitos achavam que Hitler era o próprio anti-cristo e que Jesus voltaria naquela geração. Pessoas que vaticinaram isso trouxeram vergonha ao nome de Deus, e ao seu Evangelho. Anunciaram uma mentira, em vez da verdade revelada por Deus nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento.

Ora, não somos chamados a prever a proximidade da vinda do Senhor. Aliás, tal empreendimento é um exercício em futilidade, pois é impossível saber tal coisa, visto que os anjos não o sabem, e nem mesmo o Filho (o maior profeta que já pisou nesta terra) segundo a sua humanidade (Mt 24.36). Somos chamados a viver fielmente, proclamando as boas novas do Evangelho a uma geração perversa, quer experimentemos perseguição ou tempos de refrigério e tranquilidade.

Provavelmente Jesus não voltará em sua geração, leitor. Essa é e será a realidade para a vasta maioria dos cristãos em toda a história da redenção. Durante quase 2000 anos, milhares e milhares de cristãos tem experimentado a morte (por perseguição, enfermidades ou velhice), sem que Jesus tenha voltado. Contudo, mesmo que Jesus não volte na sua geração (a menos que você esteja lendo esta postagem algumas décadas ou séculos após 2015), não há motivo para tristeza e muito menos desespero. Como disse Moisés, a nossa vida cedo se corta e voamos; chegamos com muita dificuldade aos oitenta anos, e o melhor então é canseira e enfado (Salmo 90). Mas quando chegar o nosso dia de deixar esta terra de sombras, partiremos e estaremos com o Senhor (Filipenses 1.21-23). Em outras palavras, embora a Segunda Vinda de Cristo possa demorar ainda séculos ou mesmo milênios, a maioria dos cristãos esperará no máximo 80 ou 100 anos para se encontrar pessoalmente com Cristo. Assim, em vez de alarmismo e previsões tolas acerca do fim do mundo, que só envergonham o Evangelho, precisamos ser confortados e encorajados com essa verdade.

Abandonemos a teologia “The Doors” em favor de uma postura bíblica diante dos acontecimentos ao nosso redor. Deus não nos deu uma sequência exata dos eventos que precederão o fim do mundo, mas nos deu a certeza de que ele está no controle de todas as coisas. Não fomos chamados a sermos videntes, mas a vivermos por fé, e não por vista (2 Coríntios 5.7).

“This is the End” é uma música boa, mas uma péssima teologia. Ainda não é o fim!



Fonte: www.monergismo.com

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

A Data do Livro de Apocalipse Como Isso Afeta a Nossa Interpretação? (Parte 1)



Quando o livro de Apocalipse foi escrito? Que influência o tempo da escrita têm sobre a interpretação do livro? Essa e outras questões ao redor da data são o ponto focal deste artigo. 

Duas datas possíveis são geralmente sugeridas para a escrita do livro de Apocalipse. Uma, a mais antiga, é 95 ou 96 d.C. A outra é uma data mais primitiva e é normalmente sugerida ser algo por volta de 68 d.C. Por que essas datas são importantes? Não é porque saber a data precisa ou o ano exato seja necessariamente importante. Antes, é porque há um período tão grande entre essas datas que ele influencia diretamente a interpretação e aplicação dos símbolos encontrados dentro do livro.

Por exemplo, se a data mais antiga pode ser estabelecida, então uma aplicação a um período mais precoce deve ser ignorada, especialmente visto que o livro é profético e descreve coisas que “brevemente deveriam acontecer” (Apocalipse 1:1), isto é, coisas então iminentemente futuras. Eventos que já tivessem acontecido não poderiam ser considerados de forma alguma. A destruição de Jerusalém é um evento que aconteceu em 70 d.C. Aqueles que advogam a data mais antiga não veem nenhuma referência, seja qual for, à destruição de Jerusalém no livro. Eles devem encontrar eventos futuros ao ano 95 d.C., aos quais as profecias contidas no livro devem se aplicar. 

Por outro lado, se o livro foi escrito antes da destruição de Jerusalém, em ou antes de 68 d.C., então é possível para o intérprete aplicar o conteúdo do livro a esse evento. Isso torna a datação deste livro um assunto deveras muito importante. Ele é um assunto sobre o qual todo cristão deveria estar razoavelmente ciente, por causa das consequências que têm sobre um entendimento apropriado deste belo livro.

Mas essa é uma questão muito difícil para uma pessoa “comum” decidir? Não, de forma alguma. Na verdade, é somente ocultando das multidões a evidência que tal ignorância ainda prevalece sobre a data. A evidência é impressionante e convincente. O estudante mediano da Bíblia pode muito bem se assegurar do tempo geral no qual este livro foi escrito e da melhor forma de entender a sua mensagem e conteúdo. Qual é a evidência para as duas datas? 

Primeiro, a data mais antiga (95 ou 96 d.C.) é baseada puramente numa evidência externa. Por evidência externa queremos dizer evidência que se origina fora da Bíblia, ou evidência não inspirada. Ela é baseada no testemunho de um homem, Ireneu, que viveu aproximadamente de 130 a 200 d.C. Sua declaração foi preservada por um historiador da igreja chamado Eusébio, que viveu aproximadamente de 264 a 340 d.C. Assim, na melhor das hipóteses, temos um testemunho não inspirado, de segunda mão, para a data mais antiga. 

A declaração de Ireneu é a seguinte: “Se fosse necessário ter seu nome distintamente anunciado no presente tempo, sem dúvida teria sido anunciado por aquele que viu o Apocalipse; pois não foi muito antes disto que ele foi visto, mas quase em sua própria geração, nos fins do reinado de Domiciano” (citado em The Book of Revelation, Foy E. Wallace Jr., p. 25).

Com respeito à declaração acima, estudiosos têm reconhecido que não é possível determinar se Ireneu queria dizer que João foi visto pelo tutor de Ireneu, Policarpo, ou se “o Apocalipse foi visto nos fins do reinado de Domiciano”. Tal ambiguidade destrói este argumento como evidência. Mesmo Eusébio, que registrou essa declaração, duvidava que João, o apóstolo, tinha escrito do livro de Apocalipse. O ponto aqui é o seguinte: se a declaração não foi forte o suficiente para convencer Eusébio que João tinha sequer escrito Apocalipse, por que muitos pensam hoje que ela é forte o suficiente para convencer a alguém que o apóstolo viu tal livro durante o reinado de Domiciano (95 d.C.)? O mínimo que se pode dizer é que esse argumento é fraco. 

Outros que comentam sobre a declaração dizem: “Sua citação (de Eusébio) nem sequer menciona ‘a escrita’ de Apocalipse, mas refere-se somente ao tempo quando certas pessoas anônimas alegavam ter visto o apóstolo ou a profecia, ninguém sabendo qual. Isso não prova nada. E mais: isso se ele quis dizer que o Apocalipse foi visto, e se o que estava originalmente contido na citação pudesse ter referência à tradução grega , se é que de fato referia-se ao Apocalipse. Aí vai se embora o caso todo para a data mais antiga (Commentary on Revelation, Burton Coffman, p 4). 

Finalmente, Ireneu disse da idade de Jesus, “mas a idade de 30 anos é a primeira da mente de um jovem, e que essa alcança até mesmo os quarenta anos, todo o mundo concordará: mas após os quarenta e cinqüenta anos, começa a se aproximar da idade velha: na qual o nosso Senhor estava quando ensinou, como o Evangelho e todos os Anciãos testemunham…” (Citado em Before Jerusalem Fell, Kenneth L. Gentry, p. 63). Podemos confiar no testemunho de um homem que diz que Jesus ensinou por 15 anos e que tinha cinqüenta anos de idade quando morreu? Todavia, basicamente existe apenas o seu testemunho para a data mais antiga! 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

Fonte: http://www.allthingsfulfilled.com/