domingo, 26 de julho de 2020
Os Erros do Dispensacionalismo
domingo, 19 de julho de 2020
Teoria do Duplo Cumprimento da Profecia
domingo, 12 de julho de 2020
2 Tessalonicenses 2.3-10
Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
domingo, 5 de julho de 2020
Vindo Sobre as Nuvens
Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus (Mateus 24:29-31).
Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. (Isaías 13:9-10).
Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira. (Isaías 34:4).
Sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro. (Amós 8:9).
Quando eu te extinguir, cobrirei os céus e farei enegrecer as suas estrelas; encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua não resplandecerá a sua luz. Por tua causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do céu e trarei trevas sobre o teu país, diz o SENHOR Deus. (Ezequiel 32:7-8).
E então aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu...
E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar. (Joel 2:28-32).
Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo Poderoso e vindo com as nuvens do céu (Marcos 14:62; cf. Mateus 26:64).
Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos (Atos 1:9).
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7:13-14).
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu sinagogar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. (Mateus 23:37-38).
sábado, 27 de junho de 2020
Três Interpretações principais sobre os 144 mil
domingo, 21 de junho de 2020
No Horizonte, Meteórios e uma Grande Tribulação
Dias desses chego em casa e meu filho mais velho, Yago, 6 anos, me diz: “Papai, um meteoro caiu 'num lugar'... 'cê' sabia que eles podem destruir a gente?”. Como eu não assisto televisão, ou o faço raramente, pensei que fosse algo visto em algum filme ou seriado. Não era. Primeiro, se não estou engando, aconteceu em algum lugar na Russia, e agora, até mesmo algumas cidades brasileiras experimentam o fenômeno, que é bem assustador, claro. Ainda bem que já estamos em 2013, do contrário, a tal “profecia maia” estaria fazendo um estrago danado na mente de certa gente... No entanto, há quem diga que estamos, sim, vendo um prenuncio do “fim do mundo” agora mesmo, e que o mundo está prestes a entrar no sinistro tempo da Grande Tribulação.
Talvez...
Minha opinião pessoal? Acredito que ainda falta muito meteoro para conhecermos o “fim do mundo” como o conhecemos. Teologicamente, um dos meus trabalhos nos últimos anos tem sido o de negar e “derrubar” [não sem muitas limitações!] um dos conceitos mais nocivos para a Igreja moderna; refiro-me ao dispensacionalismo. Lembrando que eu já fiu um grande defensor desta tese anteriormente. E sei que tal declaração despertará a fúria de alguns leitores, talvez de muitos. Saibam, no entanto, que não sou gnóstico, então não condiciono a salvação a aderência a qualquer conjunto de doutrinas, além daquela que é o coração da Fé Cristã, como expressa nos Credos da Igreja indivisa, cujo resumo é Cristo. Se eu gostaria que todos os cristãos fossem Reformados? Sim! Mas sei que a salvação não é exclusividade da minha tradição teológica. Ainda assim, continuo afirmando quão nocivos são determinados erros teológicos, dentre eles, o dispensacionalismo.
Essas palavras iniciais se justificam, a fim de não causar nenhum mal entendido com o uso que faço aqui da expressão “grande tribulação”. Aqueles que me leem sabem que nego que vá existir uma Grande Tribulação, como descrita pelo dispensacionalismo. Sete anos de Grante Tribulação, dividos em dois períodos de 3 anos e meio, um de paz, e outro de “grande aflição”. No meio, ou em algum momento, o reinado universal de um ser a ser identificado como o Anticristo. Mas antes de tudo isso, o Arrebatamento da Igreja, levada aos céus, escapando dos “Aís”, que se abatem sobre o resto do mundo. Há alguns que acham que a Igreja estara por aqui, mas no resto parecem concordar. Eu nego tudo isso, exceto, claro, que em algum momento (amanhã ou daqui a 30 milhões de anos), Cristo certamente virá e estará corporalmente com sua Noiva, a Igreja. Há outras interpretações, quanto aos detalhes, inclusibe, mas aí está, em resumo, o que é mais popular.
Esses dois parágrafos acima foram uma negativa. Positivamente, a cerca da Grande Tribulação, sustendo dois pontos principais:
1) Que exegeticamente, o período literal de Grande Tribulação profetizado por Cristo já aconteceu, por volta do Ano 70 da Era Cristã. Essa interpretação se sustenta em declarações bíblicas, como “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam” (S. Mateus 24.34, S. Marcos 13.30).
2) Que, apesar de ser um evento passado, os atos de Deus naquele momento da História, bem como em qualquer outro momento, nos trazem princípios valiosos sobre como se dá o agir de Deus com os homens. Em outras palavras, o Juízo de Deus contra a Sinagoga de Satanás (Judaísmo), profetizado por Cristo e pelos apóstolos, já veio, no entando, Deus ainda hoje traz juízo contra o pecado dos homens. Certamente, jamais haverá outra tribulação como aquela - “como nunca houve... nem tampouco há de haver” (S. Mateus 24.21) - o que não significa que não haverá outras tribulações...
E, assim como poderá haver outros momentos de tribulação, haverá com ainda maior certeza, outras vitórias inevitáveis da Religião Cristã ao longo da História. Por isso gosto de chamar esse pensamento de “Teologia da Esperança”, ainda que seja, na verdade, muito dura para os rebeldes e apostatas.
Para entender melhor esse Juízo e essa esperança, se faz necessário compreender a causa da Grande Tribulação, contra Israel. A bem da verdade, seria mais correto falarmos em causas, no plural, pois podemos identificar mais de uma, no entanto, enfocaremos uma delas, por brevidade. Parte importante da investigação está no capítulo 17 do Apocalipse, onde encontramos a identidade da Falsa Esposa, a Grande Prostituta.
Pois bem, a “prostituição” e o “adultério” são metáforas comuns utilizadas pelas Escrituras, desde o Antigo Testamento, para descrever a infidelidade espiritual de cidades e nações infiéis, inclusive Israel, quando este se afastava da Lei do Senhor. De modo que a Grande Prostituta é uma metáfora a respeito da Falsa Igreja, aquela que carrega o nome do Deus de Israel, mas nega-o com suas obras. E no Novo Testamento, essa Falsa Igreja é a nação de Israel, a “Sinagoga de Satanás”. Este é contexto histórico, profético do Apocalipse. Mesmo assim, sabemos que tem existido falsas igrejas ao longo dos séculos, muitas tem sido as rameiras que sujam o santo nome do Senhor. Do mesmo modo, Deus tem sempre mantido uma Igreja Fiel – que não se prostra diante de Baal - a qual não apenas é perseguida pela Prostituta, mas também a denuncia e, ainda melhor, sobrevive a ela. Foi assim no Novo Testamento. Foi assim em outras Eras. E será assim com a Igreja de hoje.
O Anticristo está entre nós. Sempre esteve. Grandes tribulações podem estar a porta, uma vez que a apostasia insiste em nos espreitar além dos umbrais. Não tem haver com meteoros. Tem haver com fidelidade e apostasia. Também tem haver com avivamento. Mas, cá entre nós, qualquer grande tribulação que possa vir (e que não é mesma profetizada por Cristo), ou que aqui já esteja (muitos cristãos a vivem agora mesmo em boa parte do mundo), não é o que realmente interessa. O que interessa é que a Igreja, a Fiel, sempre sobrevive aos anticristos. Sempre! Isso é interessante, pois é comum ver pessoas desejando que a Igreja sofra, que os cristãos sejam perseguidos, já que certamente é uma glória maravilhosa sofrer por Cristo. Tudo bem. No entanto, o fim último das perseguições não é o sofrimento da Igreja, mas a sua vitória! E eu não falo de um vitória no mundo “por vir”, “além do jordão”, falo de uma vitória histórica, com a Igreja tornando visivel o Reino de Cristo, aqui e agora.
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"O Anticristo está entre nós. Sempre esteve. Grandes tribulações podem estar a porta, uma vez que a apostasia insiste em nos espreitar além dos umbrais".
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Eu fico apreensivo com toda essa história sobre meteoros, afinal, eu não sou o Super-Man, certo? Imagine estar andando na praça da Sé e de repente... Nossa! Nem pensar nisso que quero! Agora, os meteoros nada me dizem sobre o tempo estar se findando no relógio de Deus; com todo respeito a quem pensa diferente, a minha búsola, felizmente, é outra!
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"O que interessa é que a Igreja, a Fiel, sempre sobrevive aos anticristos. Sempre! Isso é interessante, pois é comum ver pessoas desejando que a Igreja sofra, que os cristãos sejam perseguidos, já que certamente é uma glória maravilhosa sofrer por Cristo. Tudo bem. No entanto, o fim último das perseguições não é o sofrimento da Igreja, mas a sua vitória! E eu não falo de um vitória no mundo “por vir”, “além do jordão”, falo de uma vitória histórica, com a Igreja tornando visivel o Reino de Cristo, aqui e agora.
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* Marcelo Lemos é bacharel em teologia, diácono da igreja Anglicana reformada do Brasil, formado em Gestão Financeira, estudando Administração, casado e pai de dois filhos.
Fonte: www.olharreformado.blogspot.com.br
Acessado dia 3 de Outubro de 2013
domingo, 14 de junho de 2020
Nero não é a Besta do Apocalipse?
"Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis".
Apocalipse 13.18
Se tem um personagem muito esperado e grandemente temido, esse é a besta do Apocalipse. Este personagem tem sido alvo de diversas especulações. Muitos incansavelmente procuram evidências sobre a identidade da besta analisando pessoas famosas (principalmente no cenário político internacional).
Atualmente, a teoria mais aceita é de que a besta será um líder político que virá da Europa, e sua marca, poderá ser um chip eletrônico implantado nas pessoas.
O fato bíblico e verdadeiro é que a besta é um personagem que já foi derrotado no primeiro século. Os crentes atualmente procuram por alguém que não se levantará mais. Apocalipse capítulo 13 e versículo 8 identifica a besta com o número equivalente ao nome do imperador Nero: 666. No hebraico o nome é “nrwn qsr”:
.........................................n (50)
.........................................r (200)
.........................................w (6)
.........................................n (50)
.........................................q (100)
.........................................s (60)
.........................................r (200),
...............................................que dá exatamente 666.
Mas, como não poderia faltar, atualmente existem pessoas que tentam forçar a barra para negar que o imperador romano Nero foi a besta do Apocalipse. Um deles que gostaria de destacar é o famoso e polêmico articulista Lucas Banzoli que na minha opinião sempre conta as coisas pela metade.
Observe o que ele escreveu e em seguida a minha resposta:
"NERO NÃO SOMA 666 EM GREGO
O primeiro de tudo que devemos informar ao leitor é que Cezar Nero não soma 666 em grego, soma 1005, como os próprios preteristas admitem. Kenneth L. Gentry Jr, um ferrenho defensor da tese de que Nero é o anticristo (666) tendo por base a transliteração ao hebraico, também confirma que, em grego, o nome soma 1005 e não 666:
“A grafia grega do nome Nero tinha o valor de 1005” (O Número da Besta, Kenneth L. Gentry Jr, Cap.3)"[1]
Resposta
É óbvio que Cesar Nero não soma 666 em grego, pois o Apocalipse João escreveu em grego, mas estava pensando em hebraico quando indicou o cálculo do número da besta.
O artigo de Kenneth L. Gentry Jr que foi citado por Banzoli, deve ser lido na íntegra para ser bem entendido o que ele quis dizer. Inclusive, tenho esse artigo em meu site (veja referência nas notas no final deste artigo).[2]
O que Kenneth L. Gentry Jr - na verdade disse - sobre o nome de Nero somar o valor 1005 é que isto era uma sátira grega que circulou logo após o incêndio de Roma. Observe exatamente o contexto que Banzoli deixou para trás, veja:
"No meio da sua história latina, Suetônio registra um exemplo de uma sátira grega que circulou logo após o incêndio de Roma, que ocorreu em 64 d.C.: “Neopsephon Neron idian metera apektine”. A tradução da sátira é: “Um novo cálculo. Nero sua mãe assassinou”. J. C. Rolfe observa na edição Loeb Classical Library das obras de Suetônio que “o valor numérico das letras gregas no nome de Nero (1005) é o mesmo do restante da sentença; assim, temos uma equação: Nero = o assassino da sua própria mãe”. É muito interessante observar que já havia criptogramas anti-Nero circulando quando João escreveu o Apocalipse".[3]
Agora, observe a outra parte do mesmo artigo de Gentry que Banzoli citou pela metade:
"Certamente a condição necessária para um candidato [a besta] é que seu nome satisfaça o valor do criptograma. Se algum nome não contém o valor de 666, então deve ser necessariamente excluído de consideração.
Interessantemente, vários eruditos do último século – Fritzsche, Holtzmann, Benary, Hitzig and Reuss – tropeçam, independentemente, no nome Nero César quase simultaneamente. Vimos que a grafia grega do nome de Nero tinha o valor de 1005. A grafia hebraica do seu nome era Nrwn Qsr (pronunciado: Neron Kaiser). Tem sido documentado por descobertas arqueológicas que uma grafia hebraica do nome de Nero, do primeiro século, nos fornece precisamente o valor 666. O léxico de Jastrow do Talmude contém essa mesma grafia.
...[...]
Um grande número de eruditos bíblicos reconhece esse nome como a solução para o problema. Não é considerável que esse extremamente relevante imperador tenha um nome que se encaixe precisamente na soma requerida? Isso é completamente um acidente histórico?"[4]
Apesar das evidências, Lucas Banzoli ainda usa alguns argumentos interessantes para negar que Nero foi a besta. Ele diz:
"Portanto, a lenda de que Nero é o “666” não provém do grego, mas da transliteração do grego para o hebraico, onde, segundo os defensores da tese, somaria “666” (veremos mais sobre isso mais adiante). Mas, apenas aqui, já vemos o primeiro problema para os preteristas: por que João iria codificar Nero transliterado ao hebraico, se ele escrevia o Apocalipse em grego e para pessoas de fala grega?
Todos os manuscritos bíblicos do Apocalipse que temos estão na língua grega, e não no hebraico. E o livro de João foi destinado, em primeiro lugar, não para judeus nem para habitantes na Judeia, mas para cristãos na Ásia Menor:“
Que dizia: Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia” (Apocalipse 1:11)
Perguntinhas básicas aos preteristas:
Os moradores de Éfeso falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Esmirna falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Pérgamo falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Tiatira falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Sardes falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Filadelfia falavam hebraico? Eram judeus?
Os moradores de Laodiceia falavam hebraico? Eram judeus?
A resposta a essas perguntas é: não, não, não, não, não, não e não! Os moradores da Ásia Menor não eram judeus em sua maioria, e a fala predominante nessas regiões era a língua grega, não hebraica. É óbvio que existiam judeus morando nessas regiões, assim como existiam em qualquer outra parte do mundo, mas o que predominava nessa região não era o judaísmo nem a língua hebraica, mas o grego. A grande maioria dos destinatários do livro sequer conhecia o hebraico, e, portanto, não iriam conseguir transliterar o nome “Nero” do grego para o hebraico para depois somarem".[5]
Resposta
Precisamos considerar algumas coisas. Primeiro, a língua grega era de uso internacional no primeiro século (como o inglês hoje em dia). Portanto, era de se esperar que judeus também conhecessem alguma noção de grego e que o Apocalipse fosse escrito nessa língua. Segundo, os eruditos entendem que no Apocalipse há um pano de fundo hebraico. Sobre isto, escrevi no meu livro "Comentário Preterista Sobre o Apocalipse", Vol. 1, que "uma vez que [o Apocalipse] foi escrito para aqueles leitores do primeiro século, é de se supor que eles tenham entendido o livro do Apocalipse, pois às sete igrejas da Ásia eram compostas de crentes judeus. Aqui está um dos grandes segredos para se entender o Apocalipse, pois segundo Hank Hanegraaff “o real decodificador para o apocalipse [...] é o Antigo Testamento. Na verdade, mais de dois terços (2/3) dos quatrocentos e quatro (404) versículos de Apocalipse aludem a passagens do Antigo Testamento".[6]
Desta forma, seria de se esperar que naquelas igrejas da Ásia os cristãos pudessem saber quem era a besta e calcular o número de seu nome.
Se já não bastassem os pontos ignorados, Banzoli dá mais um tiro no pé. Observe sua declaração:
"Algum preterista poderia chegar até aqui na leitura, e, incrédulo como sempre, ainda apostar que tudo isso aconteceu para Nero dar o 666 escrito no Apocalipse. O que eles não contavam, porém, é que as próprias contas deles esbarram na gematria hebraica. A conta deles, levando em consideração o nrwn QSR, ficaria assim:
.........................................Nun = 50
.........................................Resh = 200
.........................................Waw = 6
.........................................Nun = 50
.........................................Qoph = 100
.........................................Samech = 60
.........................................Resh = 200
Qualquer um pode fazer as contas e ver que realmente o resultado é 666. O que os preteristas não contavam, porém, é que existem diversas regras na gematria hebraica que eles desconhecem completamente e que invertem totalmente a situação. De acordo com as regras de numerologia judaica, conhecida como gematria, quando a letra Nun aparece no final de uma palavra, é conhecido como “Final”, e assume o valor de 700. Desta forma, o nrwn QSR somaria 1316, e não 666:
.........................................Nun = 50
.........................................Resh = 200
.........................................Waw = 6
.........................................Nun = 700 ?
.........................................aparece no final de uma palavra e assume valor de 700
.........................................Qoph = 100
.........................................Samech = 60
.........................................Resh = 200
Outros sites católicos trazem “NVRN RSQ”. Esse “n” que aparece na primeira e na quarta letra é o correspondente ao Nun do hebraico. Quando ele aparece no final de uma palavra, toma o valor de 700, e é exatamente o mesmo que ocorre em Neron Cezar".[7]
Resposta
O que "os preteristas não contavam"? Ou o que Lucas Banzoli não contava? Ele simplesmente - mais uma vez - subestimou a erudição preterista! Como sou um árduo pesquisador do tema, não poderia simplesmente acreditar que dezenas de grandes eruditos pudessem não ter visto essa questão da gematria hebraica citada por Lucas Banzoli.
Por isto, entrei em contato direto com Kenneth L. Gentry Jr que por sinal é uma das autoridades mais respeitadas sobre o preterismo, para perguntar a respeito dessa gematria exposta por Lucas Banzoli. Observe a resposta que tive e que eu já suspeitava:
"Havia diversas variedades de gematria, e a que eu endosso é uma das principais. Quem quer que esteja em desacordo com essa avaliação está em desacordo com a valorização dos hebraístas de classe mundial, tais como:
Marcus Jastrow (Dicionário da Targumim, o Talmud Babli, e Yerusahalmi, e o Midrashic Literatura, p. 865)
Francis Brown, SR Driver e Charles A. Briggs, A Hebraica e Inglês Lexicon do Antigo Testamento (p. 609)
Eles também estão disputando a pesquisa publicada de RH Charles (Apocalipse, 367), Bruce M. Metzger, A Textual Commentary no Novo Testamento grego, 752, e dezenas de outros estudiosos. Na verdade, John AT Robinson declara que a solução Nero é "de longe a solução mais amplamente aceita" (Robinson, 1976: 235) J. Wilson.. (1993: 598) afirma que "há pouca discordância entre os estudiosos hoje que este número é uma gematria no nome NERON KAISAR".
Você também pode verificar: Consulte: Metzger, 77; Bauckham 1993a: cap 11; Beasley-Murray 220; Carrington, ch 11; Charles 1:367; Harrington 144; Kiddle 261; Koester 133; Osborne 527; Witherington 176-79; Doce 217-18; Beckwith 642; Aune e 770-71".[8]
Note que Gentry foi bem claro ao dizer que "havia diversas variedades de gematria", e a que ele endossa "é uma das principais", e não esquecendo da pouca "discordância entre os estudiosos hoje".
Conclusão:
Em que mudará se Nero foi ou não a besta do Apocalipse? Qual a diferença que isto fará em nossas vidas? Qual a importância de se saber sobre isto? A importância está somente no fato de que o que uma pessoa crê em matéria de fé, automaticamente refletirá em seu estilo de vida. Os que estão esperando a besta (ou o anticristo) atualmente, prevêem um futuro pessimista para a humanidade.
Com isto, eles se esqueceram do foco Principal que é Cristo para dar lugar a procura pelo temível anticristo. O Senhor Jesus Cristo é a nossa CHAVE de interpretação da Bíblia. É somente através dele que podemos interpretar todas as outras passagens das Escrituras Sagradas. Os crentes - em geral - perderam essa verdade. Procuram por interpretações filosóficas, individuais etc, ao invés de, olhar através de Jesus. E como fazer isto?
É muito simples! Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou entre nós. TUDO quanto fez ou falou, ou viveu, é exatamente a interpretação de tudo nas Escrituras, na vida, na ciência e em tudo no geral. Especificamente como podemos interpretar o Apocalipse através dessa Chave que é Jesus? Ele, o Senhor Jesus, discursou em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 o chamado sermão profético sobre o tempo do fim, que é considerado um mini Apocalipse. O Apocalipse está nesse sermão.
O Senhor foi bem claro quando aquelas coisas terríveis deveriam acontecer. Ele disse: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”. (Mateus 24.34)
A palavrinha "esta" na gramática é chamada de pronome demonstrativo próximo. Se fosse intenção de dizer a respeito de uma geração distante, simplesmente Jesus teria dito "não passará AQUELA geração". É simples assim!
Portanto, apesar de termos bem mais de noventa por cento do Apocalipse desvendado graças ao conhecimento histórico, arqueológico e teológico, mesmo que não tivéssemos acesso a nada disto, e não soubéssemos quem é a besta, ficaria o fato consumado de que Jesus declarou que tudo aconteceria - como de fato aconteceu - naquela geração do primeiro século.
E os ensinos do Senhor deixam claro que seu Reino começou no primeiro século como um grão de mostarda que, no final, se transformará em uma grande árvore. Portanto, a pior parte da história humana já passou e, Cristo, assim como triunfou sobre todos os seus inimigos no passado, nenhum outro deixará de vencer atualmente até sua vinda. Nenhuma besta com domínio global se levantará jamais outra vez!"
E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
O último inimigo a ser destruído é a morte".
(1Coríntios15.24-26 - o grifo é meu)
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Notas:
1. Artigo: Cezar Nero é a besta do Apocalipse?
...Autor: Lucas Banzoli
...Site: www.heresiascatolicas.blogspot.com.br
...Data: 21 de abril de 2013
2. Artigo: O Número da Besta
...Autor: Kenneth L. Gentry Jr
...Site: www.revistacrista.org/Artigos/O%20N%FAmero%20da%20Besta.pdf
3. Idem nº 2.
4. Idem nº 2.
5. Idem nº 1.
6. E-book: Comentário Preterista sobre o Apocalipse, Vol. 1.
...Autor: César Francisco Raymundo
...Site: www.revistacrista.org/literatura.htm
7. Idem nº 1.
8. E-mail recebido de Kenneth L. Gentry Jr com o título: "666 in Rev 13".
...Data: Sent: Wed, Jul 9, 2014 11:14 am
...Site para consulta: www.postmillennialismtoday.com